A Justiça de Mato Grosso determinou, em agosto, que as famílias que ocupam a área destinada ao Contorno Leste de Cuiabá têm até 27 de outubro para deixar voluntariamente o local. Caso o prazo não seja cumprido, está autorizada a reintegração forçada. A decisão atinge mais de 2,5 mil famílias, muitas em situação de vulnerabilidade, que aguardam há anos uma solução definitiva para a região.
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Em meio a esse impasse, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou em entrevista ao programa do deputado Wilson Santos que o governo federal vai destinar R$ 18 milhões em emenda parlamentar para viabilizar as desapropriações. Segundo ele, o recurso já está assegurado na Lei Orçamentária de 2026 e depende apenas de a Prefeitura de Cuiabá avançar nas negociações com os proprietários. “Se o prefeito quiser, faz o acordo e a emenda paga. É paz para aquela região”, declarou. Fávaro foi direto ao dizer que a solução “só depende do prefeito Abílio Brunini”.
O Contorno Leste é tratado como uma obra estratégica para desafogar o tráfego pesado da capital e criar uma nova rota de ligação com a região sul. No entanto, continua parado em razão do impasse fundiário e da falta de definição sobre as indenizações. Agora, com a pressão da Justiça e a promessa de recursos federais, a Prefeitura volta ao centro da cobrança: cabe ao Executivo municipal decidir se vai encaminhar o acordo para evitar o despejo forçado e, enfim, tirar a obra do papel.
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