O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), afirmou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Militar não vai “passar pano” na investigação do assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, de 33 anos, morta a tiros na manhã de quinta-feira (11) em Várzea Grande.
Segundo Russi, a única forma de coibir crimes dessa natureza é com o endurecimento das penas. “Tenho certeza que a PM não vai passar pano pra ninguém. Tudo o que tiver que fazer eles vão fazer”, disse o parlamentar.
A Justiça decretou prisão temporária de 30 dias para o soldado Raylton Duarte Mourão e a esposa dele, Aline Valando Kounz, apontados como suspeitos do crime. O casal segue foragido. A Corregedoria da Polícia Militar abriu procedimento administrativo para apurar a conduta do militar.
No sábado (13), a residência do policial foi alvo de busca e apreensão. Foram recolhidos celulares, documentos, munições e um capacete semelhante ao registrado por câmeras ligadas à investigação. O sistema de monitoramento da casa havia sido retirado antes da chegada da polícia.
As investigações apontam que o crime pode ter sido motivado por uma disputa judicial. Rozeli movia um processo contra o casal após um acidente envolvendo um caminhão-pipa ligado à empresa que seria administrada por Raylton. O pedido de indenização era de R$ 24 mil. Uma audiência de conciliação estava marcada para esta semana.
Russi ressaltou ainda que o episódio não deve servir para generalizações. “Toda instituição tem os bons e os ruins”, afirmou, destacando a necessidade de cobrança e fiscalização para que os culpados sejam punidos.
Até agora, o inquérito não trata o caso como feminicídio. A apuração indica relação com a disputa judicial, e não com motivação ligada à condição de gênero da vítima.
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