O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou que o Governo do Estado, junto com a Prefeitura de Cuiabá, vai resolver o problema das invasões no Contorno Leste. Nesta quarta-feira, 17 de setembro, ele ainda sugeriu um mutirão para ajudar a população vulnerável na construção das casas.

“Nós vamos criar uma solução para isso. Nós temos áreas públicas, vamos fazer um inventário de áreas públicas. Eu tenho certeza que esse problema, um problema isolado, vai ser possível sanar junto com a Prefeitura, com a boa vontade do prefeito e do Mauro [Mendes, governador], do Governo do Estado, e no nosso mandato nós vamos resolver isso”, afirmou.

Pivetta sugeriu a realização de um mutirão para ajudar as famílias que serão realocadas. Além disso, ele disse que há outras maneiras de fazer esse trabalho social e lembrou de situação semelhante quando era prefeito de Lucas do Rio Verde.

“As casas podem ser feitas em mutirão, eu fiz muito isso em Lucas do Rio Verde. O poder público compra os materiais, as famílias ajudam a construir. Tem diversas maneiras de fazer isso. Tem diversas maneiras de resolver esse problema e nós podemos usar uma delas”, sugeriu.

Na segunda-feira, 15 de setembro, famílias que moram na região do Contorno Leste fizeram um protesto em frente à Prefeitura de Cuiabá, após decisão da Justiça de Mato Grosso determinar a saída voluntária dos ocupantes até o dia 27 de outubro, em cumprimento ao mandado de reintegração de posse da área. O ato reúne moradores que exigem uma solução definitiva da Prefeitura, principalmente em relação à doação de lotes na região do Osmar Cabral.

No último dia 3 de setembro, Abilio declarou que a gestão havia identificado uma área apta para receber cerca de 700 famílias que hoje ocupam o local. A proposta, no entanto, depende da análise e autorização da juíza responsável pelo caso, o que até agora não ocorreu.

A situação das famílias é acompanhada pela Prefeitura em conjunto com o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) e o Poder Judiciário. Um dos entraves está na divergência sobre o número de beneficiários: enquanto levantamentos iniciais apontavam entre 1.500 e 2.000 famílias na área, apenas 172 constavam no cadastro oficial da Secretaria de Assistência Social.