O Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen-MT) de Mato Grosso identificou a presença da variante recombinante XFG da Covid-19 no estado. As amostras analisadas, coletadas entre 20 de agosto e 2 de setembro de 2025, são de moradores de Cuiabá, Várzea Grande, Primavera do Leste e Querência.
No Brasil, a linhagem já circula em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Amazonas, Piauí, Alagoas e Bahia. Até o momento, não há evidências de que a XFG cause formas mais graves da doença ou comprometa a eficácia das vacinas ou tratamentos antivirais existentes.
Segundo a diretora do Lacen-MT, Elaine Oliveira, a XFG é uma descendente da Ômicron, classificada como recombinante, por ter surgido da coinfecção por duas linhagens distintas (LF.7 e LP.8.1.2). Esse processo resultou na mistura de material genético e no aparecimento da nova variante.
“O Lacen-MT mantém um programa de vigilância genômica ativa, essencial para a detecção precoce e o acompanhamento das subvariantes da Ômicron. Esse monitoramento permite antecipar medidas de controle e evitar a propagação acelerada do vírus”, destacou Elaine.
A variante, também conhecida como “Stratus”, apresenta múltiplas mutações na espícula, incluindo T22N, S31P, K182R, R190S, R346T, K444R, V445R, F456L, N487D, Q493E e T5721, justificando seu acompanhamento próximo pelas autoridades de saúde.
Elaine reforçou que não há motivo para pânico, e que os protocolos médicos e de vacinação permanecem inalterados. “As vacinas continuam eficazes contra a infecção sintomática e, sobretudo, contra casos graves relacionados à XFG”, concluiu.
O acompanhamento da subvariante XFG reforça a importância da vigilância genômica como ferramenta estratégica na prevenção de novos surtos e no planejamento de respostas rápidas às mudanças do vírus. (com UNICA NEWS)
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