A Polícia Federal revelou que tabacarias e outros estabelecimentos comerciais investigados em Mato Grosso pagavam facções criminosas com criptomoedas, em troca de “autorização” para atuar na venda de produtos ilegais. O esquema foi descoberto durante a Operação Nexus, deflagrada na manhã desta quarta-feira (22), para combater o contrabando e a distribuição de cigarros eletrônicos e outras mercadorias ilícitas no estado.

Segundo a PF, o grupo era responsável por importar, transportar e revender os produtos. Parte do lucro era convertida em moedas digitais, usadas tanto para ocultar patrimônio quanto para transferir recursos às organizações criminosas.

A operação cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueio de bens em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Tangará da Serra, Mirassol D’Oeste e Campo Novo do Parecis, além de São Paulo, onde atuava o núcleo financeiro da rede.

Em Cuiabá, agentes estiveram no Shopping Popular, na região do Porto, e em tabacarias do bairro Tijucal. Foram apreendidos documentos, equipamentos e produtos contrabandeados.

A comercialização de cigarros eletrônicos é proibida pela Anvisa, mas segue ocorrendo de forma clandestina. Os investigados devem responder por contrabando, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O material apreendido será analisado para identificar outros envolvidos e o volume total movimentado com o esquema.