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O ex-governador e ex-senador Carlos Bezerra (MDB) afirmou que a prisão definitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro e de generais envolvidos na tentativa de golpe de Estado representa um “dia histórico para o país”. Segundo ele, o desfecho demonstra que a democracia brasileira permanece firme e que episódios de ruptura não terão mais espaço.
Bezerra avaliou que o cumprimento imediato das penas simboliza um marco para o Brasil. “Eu acho que é um dia histórico pro país. Histórico porque mostrou que a democracia vai sobreviver no Brasil, que é fundamental para o futuro do país, deu exemplo para o mundo, que a democracia brasileira tá em pé. Eu acho que foi um dia muito feliz, muito feliz”, declarou.
Bolsonaro foi preso no sábado, 22 de novembro, após tentar romper a tornozeleira eletrônica em suposta tentativa de fuga. Nesta terça-feira, 25, o ministro Alexandre de Moraes determinou o trânsito em julgado do processo e autorizou o início do cumprimento da pena de 27 anos.
Além do ex-presidente, outros nomes do alto comando militar e ex-ministros passaram a cumprir pena pelo envolvimento no plano golpista. Augusto Heleno foi condenado a 21 anos, Paulo Sérgio Nogueira a 19 anos e Walter Braga Netto a 26 anos. O ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, cumprirá 24 anos, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, também recebeu 24 anos de prisão. Já Alexandre Ramagem, condenado a 16 anos, segue foragido nos Estados Unidos.
Para Bezerra, as prisões enviam um recado direto aos setores que ainda flertam com a ruptura institucional. “Desestimula, porque agora sabe que vai ser punido. Antigamente, os generais davam um golpe e não eram punidos, eram perdoados, como em 1964, foram anistiados. Agora isso acabou, não tem anistia. Vai pra cadeia mesmo, vai cumprir pena. Isso vai servir de exemplo para novos golpistas que querem atentar contra a democracia”, afirmou.
As declarações de Carlos Bezerra foram repercutidas por veículos nacionais e regionais, como RD News e Estadão Mato Grosso, que destacaram o tom firme do emedebista ao classificar o episódio como divisor de águas no país.
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