Max Russi retira PLOA de 2026 da pauta após disputa sobre remanejamento de recursos

Max Russi retira PLOA de 2026 da pauta após disputa sobre remanejamento de recursos reprodução

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), retirou de pauta nesta quarta-feira (17) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 após divergências com a base do governo sobre o percentual de remanejamento do orçamento sem autorização do Legislativo.

O impasse envolve o limite que o Executivo poderá movimentar dentro do orçamento aprovado. Enquanto o governo do Estado articula, junto à base aliada, a manutenção de uma margem de 30%, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou uma emenda que reduz esse percentual para apenas 5%.

Diante do conflito, Max Russi decidiu suspender a votação e convocou uma sessão extraordinária para a próxima segunda-feira (22), antes do feriado prolongado de Natal. A convocação atende a um pedido do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), que defende a aprovação do orçamento ainda antes do fim do ano.

Presidente da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, o deputado Carlos Avallone (PSDB) avaliou que a emenda aprovada pela CCJ pode ser uma estratégia política para forçar uma negociação em torno de um percentual intermediário, na casa dos 20%, considerado por ele mais razoável.

Max Russi afirmou que a definição do percentual de remanejamento não será resolvida em reuniões de bastidores ou no Colégio de Líderes. Segundo ele, o tema será debatido e decidido diretamente em plenário, durante a sessão extraordinária.

A Lei Orçamentária Anual já havia sido aprovada em primeira votação no dia 6 de dezembro, após sucessivos pedidos de vista apresentados por parlamentares. Para o presidente da ALMT, o teto orçamentário previsto para 2026, estimado em R$ 40,7 bilhões, está subestimado, uma vez que a arrecadação do Estado tende a superar esse valor ao longo do próximo ano.

A expectativa agora é de que o impasse seja resolvido na próxima semana, permitindo a conclusão da votação do orçamento antes do recesso parlamentar.