Vigaristas do Ouro do Ofir que aplicaram golpes em MT e MS e lesaram cerca de 25 mil pessoas serão soltos por ordem do STF
Vigaristas do Ouro do Ofir que aplicaram golpes em MT e MS e lesaram cerca de 25 mil pessoas serão soltos por ordem do STF
|
17/11/2018 - 23:59
Ganharam alvarás de soltura por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) dois estelionatários autores de história mirabolante, até certo ponto simplória , mas capaz de seduzir milhares de pessoas incautas e ingênuas, que caíram no golpe da existência de uma mina de ouro vendida para os Estados Unidos e a Europa, na época do Império. O golpe consistia em dizer que 40% da mina poderia ser adquirida por investidores (na verdade, “trouxas”) através de uma aplicação de R$ 1 mil. Em troca, os”investidores” receberiam R$ 1 mihão de retorno pelo investimento.
A base principal desse golpe foi no Mato Grosso do Sul, onde reside a grande maioria dos lesados. Mas, sabe-se que também os vigaristas estenderam suas ações a Mato Grosso, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, onde também fizeram vitimas embaladas pelo sonho de riqueza fácil e rápida. Estima-se que cerca de 25 mil pessoas perderam dinheiro com o Ouro de Ofir.O habeas corpus que assegura liberdade para Celso Eder Araújo e Anderson Flores foi concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta -sexta-feira (16). O ministro impôs medidas cautelares e restritivas à dupla de estelionatáriosEles foram presos em novembro do ano passado no âmbito da Operação Ouro de Ofir, da Polícia Federal.A determinação da soltura ocorreu após uma série de pedidos de liberdade terem sido negados tanto na Justiça de Mato Grosso do Sul quanto nas instâncias federais. “Não conheço da impetração, mas concedo a ordem de ofício, para suspender a prisão preventiva decretada em desfavor dos pacientes”.Os investigados, segundo a PF, induziam vítimas a investir dinheiro oferecendo em troca quantias milionárias. A promessa envolvia de mina de ouro da época do Império a documentos falsos do Banco Central.Já a segunda forma era apresentar para os investidores que pessoas ‘importantes’ participavam e estavam lucrando com os investimentos. Eles afirmavam que tinham investidores como juiz e consul honorário da Guiné.A organização criminosa também usava das declarações do imposto de renda para mostrar para os investidores que estariam enriquecendo, com o dinheiro investido no grupo.