Poder Legislativo discute em Água Boa projeto de integração ferroviária com o mercado externo estratégico para MT e o Centro-Oeste
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23/11/2018 - 09:52
ferrovia
RedaçãoUm projeto de integração ferroviária sumamente importante para Mato Grosso e Goiás agregando eixos de produção da região com mercados consumidores externos, acessados a partir de portos da Calha Norte, na Amazônia, foi debatido em audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (22) no município de Água Boa (750Km a Leste de Cuiabá). A pauta da discussão girou em torno do traçado da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO).O projeto total da ferrovia liga Goiás até o estado de Rondônia, começando por Campinorte (GO), passando por Água Boa (MT), Lucas do Rio Verde (MT) e Vilhena (RO), e terminando em Porto Velho (RO).A primeira etapa é a que liga Campinorte a Água Boa. A audiência pública foi requerida pelo deputado Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, por solicitação do prefeito do município, Mauro Rosa (PSD), o Maurão, e representantes da Câmara Municipal. Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção de soja e milho na região representa 32% da produção do estado, e até 2025 deve saltar de 20 milhões para 29 milhões de toneladas.Inicialmente, estaria contemplada a construção dos trilhos entre Campinorte (GO) e Água Boa (MT). São 383 km que ajudariam a melhorar consideravelmente a logística da região leste de Mato Grosso. Só que os estados do Pará e do Espírito Santo não concordam com a destinação do dinheiro para o Centro-Oeste do país.“Nesta audiência vamos debater em caráter contestatório e reivindicatório a não mudança do traçado, onde o projeto original compreende o município de Campinorte (GO) a Água Boa (MT), passando por Cocalinho até Lucas do Rio Verde”, explicou o deputado Ondanir Bortolini, o Nininho. Segundo o parlamentar, caso esse projeto não seja executado, todo um trabalho de anos será desperdiçado. “Tive conhecimento de outra alternativa, que seria o município de Querência, nós sabemos o quanto custa um projeto como esse, é oneroso, além do tempo que se perde”, ponderou.A audiência pública ocorreu no auditório da Universidade Aberta do Brasil (UAB), naquele município. O palestrante convidado é o economista Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).