QUIPROCÓ: Selma nega que tenha sofrido tentativa de extorsão por parte de juízes da Justiça Eleitoral, mas disse que vai dar “nome aos bois”

QUIPROCÓ: Selma nega que tenha sofrido tentativa de extorsão por parte de juízes da Justiça Eleitoral, mas disse que vai dar “nome aos bois” selma
REDAÇÃO   Em postagem nas redes sociais, a senadora eleita Selma Arruda (PSL) negou que a acusação feita por ela de que as tentativas de extorsão para ser absolvida em ações no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) tenha partido de juízes e desembargadores daquela Corte, mas  se comprometeu em “dar nomes aos bois”.    Ou seja, disse que esclarecerá quem é ou são os que tentaram extorqui-la, tão logo seja convocada pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal para depor sobre o rumoroso caso que vem ganhando as páginas do noticiário político mato-grossense.   Selma responde no Tribunal Regional Eleitoral por suposto abuso de poder econômico e caixa dois na eleição deste ano.    A reação da senadora eleita pelo PSL ocorreu na sexta-feira (17), logo após o vice-presidente e corregedor-geral do TRE, desembargador Pedro Sakamoto, pedir que a senadora revele os nomes dos supostos chantagistas.    “Já procurei o MPF hoje e aguardo o agendamento da oitiva, onde vou dar nome aos bois, conforme é correto”, disse ela em texto postado, na sua página do facebook.    Na postagem, ela também revela que suposta chantagem não veio por parte dos membros o TRE. No entanto, Selma afirma que foi vítima da tentativa de extorsão por três vezes, com pedidos de dinheiro e de cargos.    “Eu quero esclarecer que jamais falei que as chantagens que fui vítima partiram de membros do TRE. Antes de falar sobre os assédios que sofri eu elogiei o TRE e disse que confio no trabalho daquele Tribunal. Sei que as investigações realizadas nas AIJEs  em trâmite no TRE são demoradas e a instrução realizada vai demonstrar toda a lisura do processo”, relatou.    O processo que apura a denúncia contra a juíza aposentada pode resultar na cassação do mandato conquistado por ela nas eleições de outubro deste ano. Porém, após revelar que foi chantageada, o presidente do TRE, desembargador Márcio Vidal, pediu ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal que investiguem a denúncia.    Em live na última semana, ela disse que  foi extorquida três vezes para que seja absolvida no processo por “caixa 2” que responde. “Já fui três vezes extorquida por causa desta bagunça. Na primeira vez me pediram R$ 360 mil, na segunda R$ 600 mil e na terceira me pediram cargos para me absolver neste processo no TRE. Eu não cedo à chantagem, eu não cedo a extorsão, e vou continuar lutando. Se a gente ceder uma vez à corrupção, ela entranha em você e nunca mais sai de você. Para mim não serve essa forma de fazer política, essa forma de viver”, assegurou.    A senadora eleita teve parecer para reprovação da contas de campanha do procurador Regional Eleitoral, Pedro Melo Pouchain Ribeiro, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A juíza e seu primeiro suplente, Gilberto Possamai (PSL), respondem a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral por conta da contratação da Agência Genius no valor de R$ 1,8 milhão.   Eles são acusados de ter praticado suposto “caixa 2” e abuso de poder econômico durante a pré-campanha. Quatro cheques da pessoa física de Selma Arruda foram assinados e pagos a agência de campanha durante o período vedado de propaganda eleitoral.