REDAÇÃONa atual gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) o caos se aprofunda na saúde pública, uma área que já era problemática e piorou.Não bastasse os mandados de prisão e buscas e apreensões desferidos recentemente pela Justiça em desfavor do ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, alvo da segunda fase da Operação Sangria, deflagrada na terça-feira (18), acusado de chefiar uma quadrilha que vinha monopolizando fornecimento e pagamentos irregulares de medicamentos e serviços, surge agora a informação que cirurgias foram suspensas no Hospital e Pronto Socorro por falta de anestesia – um insumo básico nos procedimentos médicos e que não deveria estar em falta no estoque.A Sociedade Mato-Grossense de Anestesiologia (Soma) denunciou que diversas cirurgias eletivas foram canceladas no Hopital e Pronto-Socorro de Cuiabá por falta de medicamentos básicos para a realização anestesias em procedimentos cirúrgicos no Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá desde a última quarta-feira (19). Por outro lado, a Prefeitura de Cuiabá negou o problema e garante que está tudo dentro da normalidade Em nota, a entidade afima que a falta dos insumos, pode inviabilizar, inclusive, a realização de cirurgias de urgência e emergência. A preocupação maior é por causa do período das festividades do final de ano, quando aumentam os casos de acidentes e também as demandas cirúrgicas no Pronto-Socorro. Também em nota, a Prefeitura de Cuiabá alega ser inverídica a informação divulgada pela Sociedade Mato-Grossense de Anestesiologia.“A Soma informa aos cidadãos que desde quarta-feira (19) começou a faltar medicamentos necessários para a realização de anestesias no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. Com isso, foram canceladas diversas cirurgias eletivas e, em breve, isso pode inviabilizar inclusive a realização de cirurgias de urgência e emergência”, consta em nota divulgada à imprensa. A entidade orienta aos os médicos anestesistas que não aceitem trabalhar de forma improvisada mesmo se houver pressão contra eles.Confira na íntegra a nota divulgada pela Soma:A Sociedade Mato-grossense de Anestesiologia (Soma) informa aos cidadãos que desde quarta-feira (19) começou a faltar medicamentos necessários para a realização de anestesias no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.Com isso, foram canceladas diversas cirurgias eletivas e, em breve, isso pode inviabilizar inclusive a realização de cirurgias de urgência e emergência.A situação tende a se agravar ainda mais, tendo em vista que se aproximam as festas de final de ano, quando há uma demanda grande de atendimentos emergenciais. Os médicos anestesiologistas estão sendo orientados a não atuarem de forma improvisada e voluntariosa, mesmo que sejam pressionados por colegas médicos, familiares do paciente ou pelos gestores dos hospitais.Em nome da segurança dos pacientes e tranquilidade da população de forma geral, a Soma espera que a situação se normalize o mais rapidamente possível e está à disposição dos órgãos competentes para ajudar no que for necessário.Sociedade Mato-grossense de Anestesiologia
OUTRO LADO
Confira a íntegra da nota divulga pela prefeitura Em relação à nota que a Sociedade Matogrossense de Anestesiologia (SOMA) divulgou na imprensa sobre o cancelamento de cirurgias dentro do Pronto Socorro Municipal devido à falta de anestesias, o secretário municipal de Saúde, Luis Antonio Possas de Carvalho informa que essa informação não é verídica.Ele explica que já há bastante tempo o Pronto Socorro vem trabalhando com um estoque baixo de anestesias, mas que em momento algum deixaram de realizar cirurgias, tanto de urgência e emergência, quanto eletivas devido à falta do produto. O secretário informou que já determinou uma grande compra de anestesias para o início de janeiro, uma vez que nesta época as indústrias já estão fechadas e não fazem entregas. Ele explica ainda que a motivação da SOMA em divulgar estas informações inverídicas se dá pelo fato da Secretaria ter feito recentemente uma repactuação do contrato da empresa com o Hospital São Benedito, onde conseguiu um valor quase 20% menor do que o anterior.