- Home Page
- Cidades
- Tiroteio em fazenda de Riva e Silval repercute na imprensa nacional
Tiroteio em fazenda de Riva e Silval repercute na imprensa nacional
|
06/01/2019 - 08:03
Redação
A noticia sobre um tiroteio entre invasores armados e seguranças que trabalham em uma fazenda na região de Colniza (1.076 km de Cuiabá)e culminou com dois mortos e pelo menos sete feridos foi manchete nos sites de Cuiabá, ontem, e também repercutiu em vários órgãos de comunicação social do país. Portais como o Uol, o mais acessado do Brasil, deram espaços ao assunto.Embora as informações sejam desencontradas sobre o total de feridos, sabe-se que dois morreram e pelo menos sete foram baleados no confronto armado na Agropecuária Bauru, mais conhecida como fazenda “Magali”, de propriedade do ex-deputado José Riva e do ex-governador Silval Barbosa. A forte repecussão do incidente levou a que a empresa administradora da propriedade emitisse uma nota de esclarecimento (leia a íntegra no final do texto) onde dá sua versão sobre o caso. A PM de Colniza informou que a equipe de plantão recebeu o chamado da empresa e forças de seguranças se deslocaram até a região. A Delegacia de Polícia de Colniza, por sua vez, solicitou reforço da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, Ciopaer, da Secretaria de Segurança Pública, e peritos da Politec de Cuiabá para realizar os trabalhos de local de crime e necropsia.Um segurança que trabalha no local relatou que os invasores estavam armados com arma de cano longo e pistolas. Alguns funcionários foram orientados a se esconderem no mato para evitarem serem atingidos pelos tiros.ALERTA DO MPEDesde setembro do ano passado, o Ministério Público Estadual vinha alertando sobre o risco de conflito no local. Na ocasião, o órgão encaminhou ofício ao governo do Estado de Mato Grosso informando a possibilidade de um conflito armado na região, por disputa de terras, e pedindo providências.De acordo com o MPE, a Fazenda Agropecuária Bauru (Magali), com aproximadamente 46 mil alqueires, vem sofrendo invasões desde o ano 2000 e que, após a reintegração de posse ocorrida em 2017, as ameaças se intensificaram e uma invasão de grupo armado para tomar as terras à força estava na iminência de acontecer, como de fato ocorreu neste sábado (5).Na época do último alerta, o MPE apontou que o local contava com cerca de 200 invasores. “Embora oficiado ao governador do Estado, ao secretário de Segurança Pública, ao delegado de Polícia e ao comandante da Polícia Militar local, há informação de que na presente data (29/10/2018) houve a efetivação da invasão na propriedade rural por aproximadamente 200 pessoas, estando algumas delas na posse de arma de fogo”, ressalta o promotor de Justiça. Nota da fazenda A empresa Floresta Viva, em decorrência dos últimos fatos ocorridos em sua propriedade rural situada em Colniza-MT, esclarece:1) A Fazenda Bauru desde sua aquisição sofre inúmeras invasões ilegais, onde a propriedade é destruída e crimes ambientais são realizados. Todas as invasões foram devidamente comunicadas ao Poder Judiciário;
2) Os invasores insistem em desrespeitar as ordens judiciais, inclusive de afastamento dos limites da propriedade e, cometem toda sorte de crimes, como ameaça, crimes ambientais e etc. Tais ocorrências sempre foram devidamente comunicadas em tempo e modo as autoridades competentes; 3) Em razão das inúmeras invasões, a empresa contratou uma empresa de segurança privada, devidamente registrada e previamente informada as autoridades, com a finalidade de proteger o local das inúmeras invasões; 4)Infelizmente, no dia de hoje, empregados da empresa habilitada de segurança terceirizada privada, situada na Fazenda Bauru, sofreram uma emboscada realizada por terceiros, fortemente armados, que atentaram contra a vida dos seguranças e empregados da fazenda.5) Lamentavelmente pessoas que se auto denominam trabalhadores rurais, mas que fazem parte de um grupo armado, novamente desrespeitando ordem judicial de reintegração de posse e de afastamento dos limites da propriedade, não somente atentaram contra a vida de pessoas como pretenderam com o uso da força, invadir a propriedade rural produtiva, para cometer crimes de toda ordem.6)A empresa de segurança limitou-se a se defender no intuito de garantir a integridade física dos seus empregados. 7) A empresa Floresta Viva, imediatamente após o ocorrido, comunicou os fatos as autoridades competentes.8) Igualmente, como em todas as ocasiões, a empresa Floresta Viva levará a situação ao Poder Judiciário para garantir a ordem e o cumprimento da lei.9) Por fim, a empresa lamenta o ocorrido, externando sua preocupação com a vida e integralidade física de todos os envolvidos.