CAOS FINANCEIRO: Botelho defende Mauro Mendes e diz que governador foi obrigado a escalonar salários
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08/01/2019 - 14:07
REDAÇÃOO presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), em entrevista a rádio Capital, na manhã desta terça-feira (08), em Cuiabá, avaliou que o governador Muaro Mendes foi obrigado a escalonar o pagamento de salários e 13º dos servidores por não ter dinheiro em caixa para “zerar” a folha.
“Hoje não tem mais como empurrar, não tem como pagar. Então foi obrigado a fazer o escalonamento”, Diante do que considera o caos financeiro do Estado, o presidente da AL afirma que o Executivo e demais poderes terão que fazer um trabalho emergencial para conter o desequilÍbrio fiscal. “Agora nós precisamos encontrar soluções para resolvermos, senão daqui a pouco, nem com escalonamento não vai dar para pagar. Precisamos trabalhar em várias frentes, uma delas é aumentar a receita e a outra segurar as despesas”. Botelho, no entanto, reconhece a dificuldade de se travar esse debate, que deve envolver, além das instituições governamentais, toda a sociedade mato-grossense, aí se incluindo, obviamente, a categoria dos servidores públicos. "Não dá para esperar mais", alertou“Trata-se de uma discussão muito complicada, uma situação que vai ter que chegar em um consenso. Não é brincadeira, ninguém esta fazendo por brincadeira”, sentenciou.. Ele explica que Mauro pegou o Estado com uma arrecadação insuficiente para cobrir as despesas obrigatórias, como salários, fornecedores e repasses obrigatórios a saúde e educação. “Não é fazer investimento não. São despesas obrigatórias, que é repasse aos poderes, repasses aos municípios, repasses percentual para saúde, salários. Enfim, para pagar essas despesas obrigatórias o Estado não tem arrecadação”, pontuou.“Chegou ao caos e nesta situação não tem dinheiro para pagar os salários. Era esperado, a gente já sabia que iria acontecer”.No decorrer da entrevista, ele chegou a dizer que o ex-governador fez um esforço heróico, empurando até o último mês da gestão passada o que Botelho classificou de “bomba-relógio”, numa referência aos déficits crescentes entre arrecadação do Estado e despesas com o custeio da máquina pública. “Acho que o Governo passado foi até um herói , conseguir ir levando do jeito que levava , rolando essa bola de neve. Eu achava que isso iria explodir até antes, eu não via condições de chegar até final do ano, mas ele (Pedro Taques) conseguiu de uma forma ou de outra”. “O Mauro não escalonou porque quis, ele escalonou porque não tinha dinheiro para pagar salário”.