FACÃO NOS SUPERSALÁRIOS: Mauro Mendes quer extinguir empresas públicas nas quais a “copeira ganha R$ 13 mil e motorista recebe R$ 15 mil”
FACÃO NOS SUPERSALÁRIOS: Mauro Mendes quer extinguir empresas públicas nas quais a “copeira ganha R$ 13 mil e motorista recebe R$ 15 mil”
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09/01/2019 - 11:28
RedaçãoAlém da redução das atuais 24 secretarias de Estado para 15, o governador Mauro Mendes (DEM) informa que pretende extinguir seis empresas públicas que, segundo ele, são desnecessárias (o que significa que o trabalho das mesmas pode ser feito pela administração direta) e pagam “supersalários” a seus servidores, contratados pela CLT – regime que facilita a demissão por não ter garantias de estabilidade no emprego.
A informação de Mendes foi veiculada durante entrevista à rádio Capital, nesta quarta-feira (09). O Chefe do Executivo disse que o pedido de enxugamento radical da máquina pública, que estaria “inchada”, será encaminhado amanhã (10) ao Poder Legislativo, para aprovação dos deputados. No entanto, a proposta de Mauro Mendes pode ser alvo de um intenso debate no Parlamento estadual tendo em vista a força política e corporativa dos servidores que, obviamente, já estão se movimentando para pressionar os parlamentares a não aprovar as medidas que irão redundar em demissão.“Amanhã vai a reforma administrativa, de 24 Secretarias estamos reduzindo para 15 secretarias, estou pedindo autorização para extinguir seis empresas públicas”, declarou.As empresas públicas que constam na proposta para extinção são: Empresa Mato-Grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), a Companhia Matogrossense de Mineração (Metamat), a Mato Grosso Desenvolve, Agência Metropolitana (Agem), a Empresa Matogrossense de Tecnologia da Informação (MTI) e a Central de Abastecimento do Estado (Ceasa). “Seis empresas públicas sendo extintas, precisamos economizar, não tem mais jeito. Uma delas é a Empaer, a Metamat, a MTI, MT Fomento que é a Desenvolve MT e a Agen. São empresas que nós julgamos que não são necessárias, precisamos daquilo que é necessário que é importante. Um Estado grande demais, ele fica descontrolado e fica essas maluquices acontecendo como aconteceu na Empaer”, disse. Com relação às distorções salariais verificadas no âmbito dessas estatais, o governador cita o caso de uma copeira, admitida no quadro de serviços gerais que recebe R$ 13 mil. “Tem gente no Estado, na Empaer, a empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão, a menina que serve cafezinho, serviços gerais, e ganha R$ 13 mil. O motorista ganha R$ 15 mil”. A Empaer possui cerca de 600 funcionários.“Eu não tenho como diminuir salário de ninguém, mas eu posso propor e é o que estou propondo na Assembleia Legislativa extinguir a Empaer. Extinguir a CLT, porque são todos celetistas, extinguindo a empresa nós podemos fazer a demissão. Então não dá para eu como governador, não posso concordar, não posso ficar sabendo que existe uma distorção e uma injustiça tão grande como essa e não fazer nada”, assinalou.O governador, porém, não informou a economia que terá com a extinção destes cargos.