Análise políticaDa RedaçãoCom a derrota acachapante do ex-governador Pedro Taques, que ficou em terceiro lugar na disputa pelo Governo do Estado, além do fato de não ter elegido Nilson Leitão ao Senado e ter conquistado apenas duas cadeiras na Assembleia Legislativa (com Wilson Santos e Guilherme Maluf que conseguiram se reeleger), o PSDB perdeu o protagonismo e virou sigla “nanica” em Mato Grosso.Além disso, a sigla está sendo “desconstruída” pelo grupo de Mauro Mendes que, pela proximidade com setores tucanos pode herdar, mais do que já abocanhou, parte do espólio do que já foi o PSDB no Estado.A legenda começou a perder forças, na verdade, após o falecimento do grande líder Dante de Oliveira que, mesmo afastado do poder quando morreu, representava uma esperança viva de manutenção de uma estrutura partidária forte e capaz de agregar outros segmentos políticos e partidários. Com a morte prematura de Dante, o PSDB começou a morrer junto, cabendo a Pedro Taques, nesse processo de decadência política apenas o papel de coveiro da sigla. Restou a ele dar a famosa “pá de cal”.Fenômeno que também ocorre em nível nacional, embora sem a mesma intensidade daqui, com o desempenho pífio do tucano Geraldo Alckmin nas eleições presidenciais.Nesse cenário, a tendência do PSDB, que está visivelmente sem rumo e não sabe se apoia Bolsonaro, fica neutro ou engrossa a oposição, a tendência, segundo avaliam observadores políticos, é a legenda definhar mais ainda, com a perda de quadros importantes que devem migrar para outras legendas.Conforme se especula nos bastidores, o próprio Alckmin pode puxar a fila, deixar o partido e ir para o PSB, pelo qual sairia candidato à prefeitura de São Paulo, em 2020, ou aguardaria para disputar o Senado em 2022 ou até mesmo o Governo do Estado. São alternativas que se abrem para o político, caso ele se afaste da tutela de Dória, a nova estrela tucana.