Redação   Servidores voltam atrás na decisão de desocupar o plenário da Assembleia Legislativa que começou a ser ocupado pelos manifestantes no início da tarde desta terça-feira (22), e prometem permanecer acampados no local.No entanto, a ocupação do recinto não impedirá a votação dos projetos de autoria do governador Mauro Mendes, segundo informa o presidente do Poder Legislativo, deputado Eduardo Botelho (Dem). De acordo com o presidente da Casa de Leis, em casos excepcionais, como o de agora, o Regimento Interno do Poder Legislativo permite que votações ocorram em outros locais que não o plenário.   Amparado nesse dispositivo, Botelho vai agilizar as votações na sede da Famato, na manhã desta quarta-feira (23). O prédio fica nas imediações da sede da AL.   Com essa providência, os deputados poderão realizar a sessão em que serão votados hoje (22), sendo os critérios para concessão da RGA (Revisão Geral Anual); implantação do novo Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) e a reforma administrativa, que prevê a extinção de seis estatais e a redução de nove secretarias.   Enquanto isso, lideranças sindicais do funcionalismo continuam ocupando as dependências do Palácio Dante de Oliveira, sede da Assembelia Legislativa.O próprio Botelho se recusa a adotar medidas de força, como, por exemplo, requisitar a presença de efetivos da Polícia Militar, para retirar os funcionários de várias categorias que protestam contra as medidas encaminhadas por Mauro Mendes e das quais eles discordam por entender que ferem direitos trabalhistas adquiridos.   Greve cogitada   Diante do impasse que se estabeleceu entre os sindicatos e associações classistas do serviço público e o Governo do Estado, que mantém posição de não retroagir nas medidas que fazem parte da reforma administrativa do Executivo, a tendência é de que os servidores encaminhem, nas assembleias gerais de cada categoria, previstas para começar a partir desta semana, decisão de uma greve geral.