TRABALHO ESCRAVO: Mais de 4,3 mil trabalhadores foram resgatados em Mato Grosso

TRABALHO ESCRAVO: Mais de 4,3 mil trabalhadores foram resgatados em Mato Grosso trabalho escravo
Redação Neste dia 28 de janeiro, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e Dia do Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT), a Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso (SRTb/MT) contabiliza o resgate de trabalhadores 4.366 no período de 2003 a 2018.A data foi instituída pela Lei nº 12.064, de 29 de outubro de 2009, em homenagem aos auditores-fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira assassinados quando investigavam denúncias de trabalho escravo em Unaí (MG). O fato ficou conhecido como ‘a chacina de Unaí’.Em 2017, Mato Grosso foi o terceiro estado onde mais trabalhadores foram resgatados (90) sendo que esse número caiu para apenas três resgatados em 2018. Além de Mato Grosso, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia foram os estados em que houve redução de trabalhadores resgatados.A SRTb/MT, ao longo desses 15 anos, protagonizou dezenas de ações voltadas ao combate e prevenção ao trabalho escravo com repercussão nacional e internacional. Foi em Mato Grosso que nasceu a proposta de criação do Programa Ação Integrada (PAI), modelo de reinserção do trabalhador resgatado no mercado.O PAI qualificou, no final de 2018, 19 egressos oriundos de vários municípios mato-grossenses. O grupo inclusive participou da 1ª Corrida Contra a Escravidão do país, realizada em Cuiabá no mês de novembro durante o 36º Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Enafit).A iniciativa da corrida, que reuniu mais de 600 participantes de todas as idades, partiu da Delegacia Sindical do Sinait em Mato Grosso com o propósito de chamar a atenção da sociedade para a nocividade do trabalho análogo à escravidão, ainda presente nos dias atuais.Nos próximos dias, a SRTB/MT participa do lançamento do 2º Plano Estadual de Combate ao Trabalho Escravo como membro da Comissão Estadual de Combate ao Trabalho Escravo (Coetrae/MT). O plano já foi aprovado e será lançado e assinado pelo Governo do Estado de Mato Grosso.  Entre os objetivos do plano, explica o superintendente regional do trabalho em Mato Grosso, Amarildo Borges de Oliveira, estão a redução da vulnerabilidade de grupos sociais, comunidades e trabalhadores à escravidão, qualificação do enfrentamento e criação da cultura de repúdio ao trabalho escravo e o tráfico de pessoas.“Também busca promover a geração de conhecimento que aprimore o combate ao trabalho escravo em Mato Grosso, dar efetividade ao Fundo Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo em consonância com a missão da Coetrae/MT, entre outros”, pontua o superintendente.FormalizaçãoAlém das ações de combate ao trabalho escravo, a SRTb/MT contabilizou em 2018 um total de 1.609 ações fiscais em Mato Grosso para verificação de irregularidades trabalhistas, a exemplo de falta de registro, atraso de salário, entre outros itens fiscalizados. O Projeto de Combate à Informalidade, que também é uma ferramenta de combate ao trabalho forçado, contou com uma equipe de 10 auditores.Ao todo, considerando os demais projetos da Inspeção do Trabalho no Estado, foram alcançados 2.574 empregados em situação de registro de irregular.Deste total, destaca-se que 2.281 obr