Troca de nome na composição da Mesa não deve interferir no resultado da eleição para o comando da AL, que deverá reconduzir Botelho à presidência

RedaçãAlteração na composição da chapa encabeçada por Eduardo Botelho (DEM) para presidir a Assembleia Legislativa, com a substituição do nome do deputado novato Elizeu Nascimento (DC), para segundo secretário, pelo do deputado e sindicalista João Batista (Pros), também eleito pela primeira vez a uma vaga no Parlamento estadual, não deve alterar o resultado da votação para escolha da nova Mesa Diretora da AL, que deverá ocorrer com chapa única, ou seja, sem disputa interna. Para observadores políticos, pequenas acomodações e ajustes às vésperas da eleição da Mesa, que ocorre amanhã (1º), são naturais e inerentes ao jogo do poder, especialmente em um fórum eminentemente político e de articulações intensas, conforme é o Poder Legislativo. Mas, de acordo com análises, essas mudanças pontuais não conseguem interferir drasticamente no quadro geral já delineado, principalmente no que tange às principais posições na Mesa (presidência, primeira vice-presidência e primeira secretaria) e cujos cargos são considerados estratégicos em termos de comando da Casa. Para ocupá-los, permanece a equação política que tem o deputado Eduardo Botelho (Dem), atual presidente e candidato à reeleição para o posto máximo da Casa de Leis, e os parlamentares Janaina Riva (MDB) e Max Russi (PSB), para a primeira vice-presidência e primeira secretaria, respectivamente.Conforme comentários que circularam nos bastidores políticos, na tarde desta quinta-feira (31), Elizeu Nascimento (DC) resolveu se afastar da composição devido a contrariedades por não ter pedidos atendidos sobre um espaço maior para fazer indicações na Coordenadoria Militar do Poder Legislativo, cujos cargos são preenchidos, basicamentte, por PMs. Sobre a possibilidade dessas mexidas pontuais virem a ocorrer, mas sem impactos significativos para mudar radicalmente a composição previamente desenhada, matéria postada anteriormente neste site, já alertava para “ruídos” emitindo rumores de descontentamento entre um grupo de parlamentares. Para saber mais detalhes, confira o texto:  A menos de 24 horas da reunião para escolha da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o cenário político mato-grossense não aponta nenhum sinal ou evidência de que haverá disputa para escolha da chapa, que deverá ser única e tem como candidato a presidente o deputado Eduardo Botelho (Dem), que deverá ser reconduzido para o mais importante cargo na hierarquia do comando da Casa.   Por enquanto, sabe-se apenas da existência de ruídos de descontentamento “vazados” por sites locais sobre a definição de alguns nomes para compor a chapa.    No entanto, no bojo desses questionamentos não há menção de discordância sobre as escolhas previamente acertadas e praticamente já consensual dos três principais cargos: a presidência (Eduardo Botelho), a primeira vice-presidência (Janaina Riva) e a primeira-secretaria destinada ao deputado Max Russi.     A Mesa Diretora é composta por sete cargos e seria referente a alguns desses quatro postos restantes que haveria queixas pontuais, mas sem oferecer riscos de se transformar em discórdia ao ponto de  fazer uma reviravolta nos entendimentos que vem sendo costurados, há dias, com precisão “cirúrgica”, paciência e cautela pelo próprio Botelho, secundado por Janaina e Russi com vistas a se chegar a um consenso em torno de uma chapa a mais representativa possível dos parlamentares que foram reeleitos e os novatos.   A eleição está marcada para amanhã (1º), a partir das 9h e vai ocorrer imediatamente após o ato solene de posse dos 10 deputados reeleitos e os 14 eleitos pela primeira vez e cujo cenário será o Teatro Zulmira Canavarros, anexo à sede do Poder Legislativo.   Embora em tese o Regimento Interno da Assembleia Legislativa não impeça que até minutos antes da votação os parlamentares se articulem e formem uma segunda chapa para concorrer, essa hipótese está descartada tendo em vista que movimentações desse tipo raramente  acontecem em cima da hora.    Até porque, as articulações nesse sentido demandam reuniões e conversas entre grupos que já seriam do conhecimento do meio político e da própria mídia, ainda que tais manobras fossem restritas a bastidores.   A chapa é formada por 7 deputados, na seguinte ordem: presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário.    Nomes   Compõem a chapa liderada por Eduardo Botelho, além do deputado estadual Max Russi (PSB) e da deputada Janaína Riva (MDB), que ocuparão as vagas de primeiro-secretário e primeira vice-presidente, os deputados Paulo Araújo (PP) como segundo vice-presidente, e Valdir Barranco (PT) como segundo-secretário. Enquanto Silvio Favero (PSL) e Elizeu Nascimento (DC) entram como terceiro e quarto-secretário, respectivamente.    Nota   Sobre eventuais críticas a respeito da composição dos cargos da Mesa, a deputada Janaina Riva divulgou nota para esclarecer o seu posicionamento e o que a motivou não optar por uma chapa só de novatos.    Leia a íntegra do esclarecimento:     O primeiro ponto é que eu não trabalho com veto ou exclusão de pessoas por conta do número de mandatos que elas têm ou por pertencer a um partido A ou B. Fui excluída por um governo ao longo dos últimos 4 anos e sei o quanto poderia ter contribuído ainda mais com o meu estado, se tivesse tido essa oportunidade.   O segundo ponto é que não julgo os meus colegas de trabalho pelo partido que fazem parte. O fato de um pertencer ao PT e outro ao PSL, não significa que um tem mais caráter que o outro, ao contrário, significa apenas que possuem ideias diferentes.  Eu sempre acreditei numa mesa diretora mista, composta por múltiplos partidos, por pessoas com bandeiras diferentes, assim como Mato Grosso é composto por diferentes realidades.    Por último, vale reforçar que quem deseja mudança tem que fazer parte do processo. Isso vale para candidaturas a cargos eletivos, para mesa diretora e para vida: ficar gritando atrás do balcão nunca levou ninguém a nada. A mudança que eu quero ver no mundo e na política, começa por mim, por cada um de nós".