CALOTE? Estado deve R$ 16 milhões para saúde de Rondonópolis que para evitar o caos tem feito repasses à Santa Casa com recursos próprios
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02/02/2019 - 19:03
RedaçãoEm meio ao caos que permeia o setor de saúde pública em Mato Grosso, esse setor só não está inviabilizado em Rondonópolis porque a administração municipal, chefiada pelo prefeito Zé Carlos do Pátio, tem feito adiantamentos para a Santa Casa de parcelas que são de responsabilidade do Governo do Estado.Foram feitos repasses de recursos próprios referentes aos meses de maio, junho, julho e agosto de 2018. Valores estes que jamais foram repassados pelo Estado para o município.A dívida do Estado com o Município chega hoje a R$ 16.079.287,72, sem previsão de quitação a curto prazo. O governo estadual reconhece o débito, mas alega não ter recursos em caixa.Em função de que o governo decretou calamidade financeira, a Secretaria Estadual de Saúde prefere não se posicionar quanto a prazos para zerar os débitos do Estado com a Saúde de Rondonópolis.Cauteloso, evitando qualquer termo mais forte que possa representar confronto com a esfera administrativa estadual, o prefeito Zé do Pátio tenta receber a dívida de maneira amistosa, acionando o seu staff para dialogar com a Secretaria Estadual de Saúde em busca de solução para o problema.No entanto, em que pese as gestões de boa vontade do prefeito demonstrando compreensão com a situação de déficit fiscal e financeiro do Estado, em Rondonópolis nem todos concordam com essa postura, digamos assim, mais branda do chefe do Executivo municipal. Pois há segmentos da sociedade local que acham que, na prática, o governo estadual está aplicando um “calote” no município. Esses clamores já começam a repercutir nas redes sociais e em setores da imprensa. Pelo fato que a cidade concentra uma população politizada, é quase certo, segundo observadores políticos, que os parlamentares estaduais eleitos e têm base e domicílio no município, também serão cobrados a gestionar o Estado para quitar os repasses atrasados da saúde de um município que é polo regional e, como tal, atende demandas de cidades vizinhas.