SINAL DE ALERTA: As mesmas facções que promovem “banho de sangue” na fronteira com o Paraguai, também possuem ramificações em MT

SINAL DE ALERTA: As mesmas facções que promovem “banho de sangue” na fronteira com o Paraguai, também possuem ramificações em MT ponta
Por Mário Marques de AlmeidaEmbora as mortes em série venham ocorrendo na fronteira com o Paraguai, no vizinho Mato Grosso do Sul, a exemplo de mais cinco execuções ocorridas neste final de semana (leia detalhes mais abaixo), promovidas por facções criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas e armas, com chacinas rotineiras, nem por isso deixa de ser preocupante para as autoridades de segurança de Mato Grosso a onda de banditismo desenfreado naquela região sul-mato-grossense.As mesmas facções que protagonizam o “banho de sangue” na fronteira do Brasil com o Paraguai, basicamente o PCC e o Comando Vermelho (CV),  também possuem remificações em Mato Grosso e, neste caso, com destaque para a atuação do segundo grupo, o CV. que predomina inclusive no controle interno dos presídios mato-grossenses.´ Daí a necessidade de o sinal de alerta estar sempre aceso na polícia de MT sobre as ocorrências fronteiriças, além da importância de haver troca de informações permanentes entre as autoridades responsáveis pela segurança de ambos os Estados.Pela proximidade e vizinhança com MS, o monitoramento dessas organizações criminosas não pode sair do radar policial. Quadrilhas que não respeitam sequer fronteiras entre países, obviamente não limitam suas ações nefastas à divisões geográficas que separam Estados. A lógica perversa do crime organizado é sua expansão. E para combatê-lo faz-se necessário a parceria e integração interestadual entre aparatos de segurança pública, conforme vem ocorrendo no caso de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e esses elos de ligação precisam ser ainda mais fortificados. .No entanto, apenas essa integração de esforço regional não tem condições de conter o ímpeto  crescente dessa modalidade criminosa transnacional, que atua também em Mato Grosso, na fronteira deste Estado com a Bolívia, e no MS com relação ao Paraguai.Para esse combate ganhar maior eficiência urge o apoio das forças de segurança do país, que não pode ser feito apenas através de operações conjuntas esporádicas, conforme vem acontecenbdo, mas exige uma presença permanente e ostensiva de efetivos federais designados exclusivamente para essas faixas de fronteiras.Sem isso, no que tange ao enfrentamento com a criminalidade nesses territórios que demarcam a separação com países, tem a mesma eficácia que tentar “enxugar gelo’!Guerra entre facções deixa mais cinco mortos na fronteira com o ParaguaiCinco pessoas, entre elas o diretor de uma rádio e um policial militar, foram mortas entre a noite de sábado, 9, e a madrugada deste domingo, 10, em cidades da fronteira do Brasil com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul. Conforme as polícias brasileira e paraguaia, as mortes podem ter relação com a disputa pelo controle do tráfico de drogas na região por facções criminosas brasileiras. No primeiro caso, três pessoas foram executadas a tiros de fuzil em Sanga Puitã, distrito de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS). De acordo com a polícia paraguaia, pistoleiros em uma caminhonete branca bloquearam o automóvel em que estavam as vítimas e fizeram dezenas de disparos. O paraguaio Julio Cesar Ortiz Ferreira, de 40 anos, diretor da rádio Tupi FM, de Pedro Juan; o brasileiro Alessandro Nunes de Moura, de 20 anos, estudante de engenharia civil, e o adolescente G.Z.M, de 16 anos, também brasileiro, morreram no local. Um deles tentou fugir, mas foi perseguido e alvejado com disparos de fuzil calibre 7.62. Segundo a Divisão de Homicídios da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, as execuções podem ter relação com um ajuste de contas entre facções criminosas que atuam na fronteira. Na manhã deste domingo, 10, dois suspeitos foram presos numa casa, na colônia Potreroi, a 15 km da fronteira, com um fuzil calibre 7.62, uma escopeta calibre 12, roupas camufladas, coletes à prova de balas, carregadores, munição e uma caminhonete Hilux branca. Na madrugada deste domingo, 10, o policial militar Jucilei Rocha Professor, de 25 anos, foi executado com cinco tiros no centro de Maracaju, cidade da região de fronteira, em Mato Grosso do Sul. O PM estava numa lanchonete com a namorada e amigos, quando uma moto com duas pessoas parou em frente ao local. O garupa desceu e, sem tirar o capacete, foi até o policial e o atingiu com vários tiros nas costas e na cabeça. A dupla fugiu. Conforme a PM, suspeitos presos pelo crime disseram que o policial tinha sido jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante as buscas na região, com apoio do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Marcos Maciel Benites, de 21 anos, suspeito de ter cedido a moto para o ataque ao policial, foi morto em confronto com policiais do Batalhão de Choque. Outros dois suspeitos foram presos. Um deles, que se disse integrante do PCC, se apresentou à polícia acompanhado por dois advogados. Houve ainda outras duas prisões feitas pela Polícia Civil, mas a participação dos suspeitos no crime ainda é investigada. Com informações da Agência Estado