Redação Governadores de pelo menos seis Estados endividados que promoveram políticas de cortes de gastos a fim de ajustar suas finanças, entre os quais o de Mato Grosso, Mauro Mendes (Dem), depositam esperança que o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, tenha sucesso e seja rápido na costura de um novo projeto de lei para apoiar esses entes federativos em grave crise financeira.    A ideia é dar dinheiro novo a esses governos estaduais conforme seus planos de cortes de gastos, antecipando o fôlego financeiro enquanto as medidas adotadas ainda não surtem efeito na prática.     Esse projeto em discussão na equipe econômica do governo federal seria diferente do Regime de Recuperação Fiscal, que exige uma série de contrapartidas e requisitos que nem todos conseguem atender para que o Estado ingresse no programa de socorro e só então possa receber dinheiro novo.    "O Regime de Recuperação Fiscal, até hoje só o Rio de Janeiro aderiu e está com as finanças em colapso. Não foi a solução", pontua, por exemplo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que também, a exemplo do seu colega de Mato Grosso, assunmiu o Executivo encalacrado em dívidas e defende o socorro financeiro alternat ivo por parte da União.   Segundo ele, é preciso dar uma "cota de credibilidade" aos novos governadores, que já assumiram com as finanças em péssima situação e com chances pequenas de recuperação por conta própria.