QUADRILHA: Grupo de agiotas que extorquia e chegou a tomar fazenda na "marra" de devedor é denunciado pelo MPE

 QUADRILHA: Grupo de agiotas que extorquia e chegou a tomar fazenda na mpe60
Redação   O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por intermédio dos promotores de Justiça que atuam no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ofereceu na sexta-feira (22) denúncia contra os investigados na Operação “Caporegime”. Ao todo, foram denunciadas oito pessoas.   Os integrantes do grupo continuam presos e vão responder pelos crimes de constituição de organização criminosa, extorsão e agiotagem. Inquérito policial complementar também foi instaurado para apurar extorsões praticadas contra outras vítimas.   Consta na denúncia que a organização criminosa foi estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas para emprestar dinheiro a juros exorbitantes e exigirem como o uso de violência e grave ameaça, o pagamento de valores altíssimos para a quitação do empréstimo. Em um dos fatos apurados pelo Gaeco e apresentados na denúncia, a vítima que devia R$ 170 mil a um dos integrantes da organização, após ser ameaçada, acabou transferindo uma propriedade avaliada em R$ 1,5 milhão em troca de um imóvel de aproximadamente R$ 200 mil ficando com um prejuízo estimado em R$ 1 milhão.   Durante as duas fases da operação, foram apreendidos com o grupo aproximadamente R$ 400 mil em ouro, R$ 21 milhões em cheques e notas promissórias e mais R$ 43 mil em dinheiro. Foram denunciados João Claudinei Favato, José Paulino Favato, Kaio Cezar Lopes Favato, Clodomar Massoti, Luis lima de Souza, vulgo “Paraíba”, Edson Joaquim Luiz da Silva, Luan Correia da Silva e Purcino Barroso Braga Neto, vulgo “neto”.   Consta na denúncia que a organização era liderada por João Claudinei Favato. As pessoas que concediam os empréstimos eram Kaio Cezar Lopes Favato, José Paulino Favato e Clodomar Massoti.   Já os responsáveis por exigir, por meio de violência e grave ameaça que as vítimas pagassem o valor exigido pelo líder da organização eram Luis Lima de Souza, Edson Joaquim Luiz da Silva, Luan Correia da Silva e Purcino Barroso Braga Neto. As investigações apontam que o grupo vinha atuando no interior do Estado há aproximadamente 10 anos.   Os mandados de prisão e busca e apreensão expedidos durante a operação foram cumpridos nas comarcas de Sinop, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Marcelândia e Alta Floresta.