Análise políticaPor Mário Marques de AlmeidaAs eleições municipais ocorrerão em 2020, portanto, daqui há quase dois anos, mas no MDB cuiabano o clima de disputa interna esquentou e já se parece com o período pré-eleitoral e quando se define as candidaturas – o que ocorre já próximo da eleição propriamente dita.A ebulição que toma conta do partido foi provocada pelo suplente de deputado federal Valtenir Pereira que se lançou pré-candidato a prefeito, e já começou a “abrir fogo” contra o prefeito Emanuel Pinheiro, também do MDB, mesmo antes que este tenha, pelo menos oficialmente, dito que irá disputar a reeleição.Os ataques de Valtenir a um colega de partido, no caso o prefeito, pegaram mal nas hostes emedebistas cuiabanas, pois essa atitude, no jargão partidário (e não só do MDB, mas de todas as legendas) é visto como falta de ética. O objetivo de Pereira é construir um "palanque" através da polarização.No ambiente partidário prevalece o princípio de se considerar legítimo seus integrantes postularem cargos eletivos, desde que não o façam, assim como Valtenir fez ao atacar Emanuel,  “detonando” os concorrentes internos. A regra é guardar a “munição” para gastar com os adversários!No caso da atitude do suplente de deputado federal a situação se agrava pelo fato que quem ele vê como “inimigo”,  o prefeito da Capital, sequer manifestou se vai disputar – ou não - a reeleição. Pode ser uma tática de Emanuel não precipitar esse debate e se for, sua estratégia é correta à medida que evita virar alvo de “tiroteio” maior – desta feita por parte de pretendentes ao cargo de outros partidos, além do “fogo amigo” que já sofre despejado por Valtenir.O prefeito, ao que se percebe, evitou rebater as críticas contundentes de Valternir, que o chamou de “inconfiável”, entre outros termos pejorativos. Se partisse para retrucar, Pinheiro alimentaria o entrevero que prosperaria dando visibilidade que Valtenir, apagado na suplência de Bezerra, tenta alcançar às custas de forçar uma “disputa” antecipada com Emanuel Pinheiro.No entanto, se Emanuel não passou “recibo” às estocadas do suplente de federal, já o mesmo não ocorreu com os dirigentes do MDB, a começar pelo seu líder maior, Carlos Bezerra, que deram vários “puxões de orelha” públicos em Valtenir estampados pela mídia local.   Se o objetivo de Valternir era “aparecer”, ele conseguiu!