AMBIENTE TENSO: Após Temer ser preso, Blairo Maggi estaria correndo sérios riscos de seguir o mesmo caminho

RedaçãoA temperatura e a tensão estão altas nos meios políticos e empresariais de Mato Grosso, notamente no setor de agronegócios, após a notícia de que o Ministério Público Federal (MPF), na denúncia que culminou com a prisão do ex-presidente Michel Temer e mais nove pessoas, citou o nome do ex-ministro da Agricultura, ex-senador e ex-governador Blairo Maggi como um dos supostos integrantes da cúpula da organização criminosa chefiada por Temer.A citação de Maggi no esquema complica a sua situação jurídica, ele que já responde ação que tramita na justiça federal por crime de desvios de verbas públicas quando era governador do Estado.Junto à classe política local a hipótese de Maggi também vir a ser preso não é descartada. Havendo aqueles que até mesmo torcem para que isso aconteça, embora, via de regra, o ambiente que se observa é de preocupação com os desdobramentos desse episódio que, desde quina-feira (data da prisão de Temer), 22, sacudiu a vida pública brasileira e seus respingos começaram a chegar a Mato Grosso. Principalmente, ao se considerar o fato que o político e empresário, que já foi próximo aos ex-presidentes Lula e Dilma, se desvinculou dos petistas quando estes iniciaram cair em desgraça e passou compor a linha de frente do grupo de Temer. “Depois da prisão de Temer, tudo pode acontecer com ex-auxiliares, sobretudo com daqueles que estavam mais vinculados com o ex-presidente da República, conforme é o caso de Maggi”, avalia fonte ouvida pela reportagem.Nos corredores e em vários gabinetes da Assembleia Legislativa, por exemplo, que é a maior “caixa de ressonâmcia” no Estado, na manhã de hoje  o assunto do momento era a menção do nome de Blairo nas investigações do MPF que ainda estão se desenrolando sobre casos de corrupção ocorridos na gestão do ex-presidente, envolvendo diretamente o próprio ex-mandatário.