Se usar vontade política de ir fundo, CPI da Previdência estadual pode chegar aos "marajás" do funcionalismo com seus altos salários, além dos autores de desvios que causaram "rombos" nas finanças do órgão

Se usar vontade política de ir fundo,  CPI da Previdência estadual pode chegar aos ASSEMBLEIA
  Redação   Se usar a vontade política, independência e liberdade que dispõe para ir fundo nas investigações, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência Social da Assembleia Legislativa, que analisa a contabilidade entre a receita e a despesa dos aposentados e pensionistas da Previdência Social do Estado de Mato Grosso, pode chegar aos "marajás" do funcionalismo" que oneram com altos salários as despesas previdenciárias, além de descobrir eventuais desvios e seus autores  que culminaram no "rombo" na receita do órgão, gerando déficits crônicos.   Em sua primeira reunião ordinária nessa quarta-feira (09)os deputados discutiram a votaram o Regimento Interno que regulamentará os trabalhos da CPI, o cronograma de atuação e encaminhamentos para cessão de servidores especialistas na área entre órgãos, como auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Controladoria do Estado.   “O objetivo da CPI é apurar a real situação financeira da Previdência Social. Tanto é que o governo do estado alega um déficit orçamentário de um bilhão de reais e nós entendemos que se existe isso, não foi ocasionado pelo trabalhador”, explicou o presidente da comissão, deputado João Batista (PROS).   Conforme avaliação do parlamentar, “a CPI vai trazer autoridades que estiveram responsabilizadas no passado, servidores que acompanharam a questão orçamentária e ainda, servidores de fora que são especialistas nesta área que possam contribuir com a análise dos dados”, destacou o presidente da CPI.   Para o relator da CPI, deputado Thiago Silva (MDB), o relatório da comissão vai subsidiar proposições parlamentares, onde o trabalhador público poderá cobrar do governo providências quanto aos problemas orçamentários.   “Estamos na fase inicial e vamos planejar uma relação de autoridades que serão ouvidas. Ainda, discutir com algumas pessoas que fazem parte do movimento sindical e do conselho de previdência. Temos como meta prestar serviço público de qualidade para toda a sociedade. Se comprovado que existe esse déficit, certamente vai implicar numa investigação bem aprofundada para podermos equacionar essa conta”, falou o relator.   De acordo com o deputado Ondanir Bortolini (PSD)- o Nininho, a finalidade da CPI será resguardar o direito dos servidores públicos. “É possível reverter o que se tem propagado nesses últimos anos sobre a previdência de Mato Grosso”, comentou ele.   Durante a reunião os deputados votaram pelo encaminhamento de ofícios solicitando a disponibilização de informações e documentos, aos seguintes órgãos públicos: MTPREV (Mato Grosso Previdência); SEPLAG (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão); SEFAZ (Secretaria de Estado de Fazenda); Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso); Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas; aos Cartórios de Registro de Imóveis do Estado de Mato Grosso.   Também foi votada e aprovada a criação do e-mail cpidaprevidencia@al.mt.gov.br que coloca à disposição da sociedade  um canal para denúncias e propostas de melhorias. “Vamos dar publicidade a essas investigações e a sociedade precisa estar ciente do nosso trabalho”, afirmou João Batista.   A CPI é composta por cinco deputados titulares e outros cinco suplentes. Ela tem prazo de 180 dias para a realização dos trabalhos, prorrogável por igual péríodo. Além de João Batista, o deputado Paulo Araújo (PP) foi escolhido para ser o vice-presidente e Thiago Silva o relator. Membros titulares são os deputados Ulysses Moraes (DC) e Valmir Moretto (PRB). Suplentes são Lúdio Cabral (PT), Dr. João (MDB), Ondanir Bortolini- Nininho (PSD), Xuxu Dal Molin (PSC) e Dr. Eugênio (PSB).