MAS SAÍDA DO CARGO PODE DEMORAR: Conhecida como a "Moro de saias", cassação da senadora Selma Rosane repercute na imprensa do país

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REDAÇÃO   No entanto, a saída da senadora cassada pelo TRE do cargo não é automática e pode demorar até mais de um ano, considerando a morasidade da Justiça brasileira, principalmente a eleitoral, no julgamento de embargos e sucessivos recursos que podem ser interpostos   Conhecida nacionalmente como a "Moro de saias" (numa alusão, obviamente, ao ex-juiz  da Lava Jato e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro), pelas condenações que proferiu contra diversos políticos mato-grossenses quando atuava como juíza da 7ª Vara Criminal em Cuiabá, a cassação do mandato da senadora Selma Rosane de Arruda (PSL) repercutiu nos principais órgãos de Imprensa do país.   Pouco antes de receber o veredito da Justiça Eleitoral, a senadora votou, na tarde desta quarta-feira (10), na Comissão de Constituição e Justiça pela instalação da chamada CPI da Lava Toga. Selma Arruda é juíza aposentada e se elegeu a uma vaga no Senado após questionamentos que viraram denúncias de abuso do poder econômico e caixa 2. Entenda o caso   A cassação do mandato de senadora da ex-juíza Selma Rosane de Arruda (PSL), por crimes eleitorais, provocará nova eleição em Mato Grosso para preencher a vaga ocupada por ela, caso a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), instância para onde a defesa de Selma vai recorrer. Mas, antes disso, o caso cabe recurso no próprio TRE.   Demora   Por isso, a saída da senadora cassada pelo TRE do cargo não é automática e pode demorar até mais de um ano, considerando a morasidade da Justiça brasileira, principalmente a eleitoral, no julgamento de embargos e sucessivos recursos que podem ser interpostos.Enquanto  isso, a ex-juíza permanece como senadora.   Decisaõ   Após uma longa sessão que começou às 9 horas da manhã de hoje, o Tribunal Regional Eleitoral ( TRE) aprovou na tarde desta quarta-feira (10) a cassação do mandato da senadora Selma Arruda (PSL) por abuso de poder econômico e caixa 2 na campanha eleitoral. Seis magistrados acompanharam o voto do relator, Pedro Sakamoto, e por unanimidade, decidiram cassar o mandato.Selma foi acusada de praticar propaganda extemporânea durante a pré-campanha ao contratar com uma empresa de publicidade com valores acima de sua capacidade financeira. Além de Selma, os suplentes Gilberto Possamai e Clerie Fabiana, ambos do PSL, também foram cassados e estão inelegíveis por 8 anos. A defesa ainda pode recorrer da decisão.Sakamoto também votou pela realização de uma nova eleição para o cargo, no entanto, até que o pleito seja realizado, o terceiro colocado, Carlos Fávaro, deve assumir, mas não houve consenso nesse ponto.  As investigações do Ministério Público Federal (MPF) apontaram que a senadora e seu 1º suplente fizeram despesas tipicamente eleitorais de, no mínimo, R$ 1,2 milhão. A defesa da ex-juíza alegou que esse valor era fruto de um empréstimo que ela teria feito de Possamai, no entanto, pela legislação eleitoral esse tipo de empréstimo só pode ser feito com instituições bancárias.    Outro ladoPor meio de nota a senadora afirmou que está tranquila com a decisão do TRE e enfatizou que "a tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política". Disse ainda que respeita a Justiça e vai recorrer às instâncias superiores, para "provar a minha boa fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população mato-grossense sejam respeitados".