Por Mário Marques de Almeida Deputada Janaina Riva é a primeira mulher a assumir a presidência da Assembleia Legislativa    Aos 30 anos de idade, completados em 27 de janeiro passado, a deputada estadual Janaina Riva assumiu, nesta quarta-feira (17), a presidência da Assembleia Legislativa.  Além do registro histórico de ser a primeira mulher a ascender a esse posto de visibilidade no aparato institucional, o fato preenche os requisitos da legislação quanto à idade mínima (30 anos) para se candidatar, por exemplo, ao Governo do Estado. Um cargo, aliás, entre outros para o qual a jovem parlamentar – vista como espécie de “bola da vez” da política mato-grossense -, às vezes, costuma ser lembrada como uma das opções.O contexto histórico pelo fato de ser a primeira mulher a galgar o cargo, considerado o segundo mais importante na hierarquia do poder estadual, acrescido dos atributos de ser jovem, bonita, polêmica e aguerrida, integram um cenário peculiar na política local que ressaltam e despertam atenção redobrada sobre a posse da parlamentar para comandar a Mesa Diretota da AL, ainda que apenas por 120 dias – período da licença do titular do posto, deputado Eduardo Botelho, que se afastou temporiamente da presidência, sem ônus salarial para o Legislativo, para tratar de questões particulares, segundo o próprio deputado anunciou.Com todos esses ingredientes, que não deixam de ter apelo popular, sem falar nas repercussões políticas, Janaina Riva se cacifa para projetos maiores em Cuiabá e Mato Grosso. No entanto, mais do que a posse, o seu desempenho no comando de uma Casa de composição heterogênia, com 24 parlamentares (sendo 23 homens) de vários partidos e orientação ideológica, ela, obviamente, não vai poder posar de “rainha”, que reina mas não manda, até porque esse não é seu estilo.  Janaina vai precisar de habilidade, que parece ser um dom genético da filha do ex-deputado José Riva, e firmeza para fazer com que os trabalhos do Poder Legislativo, se não avançarem em suas pautas, ao menos não sofram solução de continuidade no ritmo que Botelho vinha imprimindo às ações do Parlamento.A ascenção da deputada, à parte as expectativas que começam a se formar em torno dela, já estão gerando especulações – por sinal, naturais no meio político e partidário – sobre o seu futuro mais imediato e dentro das possibilidades eleitorais concretas: a prefeitura de Cuiabá!Atento a esses detalhes, surge o MDB, uma legenda que possui “feeling” apurado para os rumos e desdobramentos políticos e eleitorais. Conforme fontes deste jornalista, pelo menos na ótica do senador Carlos Bezerra, líder principal do partido no Estado, que antes já considerava Janaina como o Plano B da legenda para disputar a chefia do Executivo cuiabano, hoje a tem como a alternativa A. Ou seja, a primeira da lista de possíveis candidatáveis ao mandato.Principalmente, depois que, por mais de uma vez, o prefeito Emanuel Pinheiro disse não estar em seus planos disputar a reeleição.Como se percebe, muito além da beleza que cultiva, Janaina está em um momento crucial de sua carreira ; todavia, o que poderá ocorrer doravante com referência a ampliação de sua caminhada política, está na dependência dela mesma. Melhor explicado: De como ela vai se conduzir à frente de um cargo em que, além das tarefas internas de bem gerir a Mesa Diretora, muitas vezes, vai ter que ser magistrada e fiel da balança nas relações institucionais entre poderes.O que não é fácil!