Em mais uma assembleia-geral, professores decidem manter greve que já dura 47 dias

Em mais uma assembleia-geral, professores decidem manter greve que já dura 47 dias greve
  Em mais uma assembleia geral da categoria, encerrada no final dagtatde de hoje (12), servidores da rede estadual da educação votaram, por unanimidade, pela manutenção da greve, que começou há 47 dias.     De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais da Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valteir Pereira, apesar do Governo do Estado ter proposto pagar os pontos parcelados até 26 de agosto, não acatou o pedido de cumprir a 510.    "O documento do governo apesar de ter apresentado uma proposta em relação ao corte de pontos não assume um compromisso com relação à lei 510. Diante dessa proposta a categoria apontou pela continuidade da greve por tempo indeterminado", afirmou.   Com o corte dos salários dos servidores, na assembleia foi realizada a campanha solidária para arrecadar alimentos para os profissionais com dificuldades financeiras.   "Nós já tivemos greves que mesmo com o pessoal com o ponto cortado se manteve por determinado período. Então não tem como majorar e dizer que durará 10 dias, 15 dias", explicou.   Consequências   A assembleia ocorreu após a desembargadora Marilsen Andrade Addario, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), dobrar o valor da multa diária - que era de R$ 10 mil e passou a ser de R$ 20 mil - a ser aplicada ao  Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT) caso insista em fazer “piquetes” em escolas e demais órgãos públicos para barrar a entrada de educadores e funcionários que desejam cumprir expediente.  Aceno do governoNuma rodadao, no dia dia 8 deste mês, o Estado propôs suspender o corte de ponto de forma imediata dos grevistas e a realização de reuniões quadrimestrais com o Sintep-MT para análise da situação fiscal e financeira do Estado.Com a suspensão dos cortes, a proposta foi de pagamento de 50% no dia 26 de junho e os outros 50%, no dia 27 de agosto, do que já havia sido descontado. Caso os professores retornem ao trabalho, a folha salarial de julho será paga normalmente no mês de agosto.O governo também se comprometeu que, com a melhora nas finanças garante o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, consequentemente, a manutenção da Lei 510/2013, a Lei da Dobra, que reajusta os salários dos profissionais em 7,69% este ano, que é a principal exigência dos professores. "O Estado em nenhum momento revogou a Lei 510, mas só poderemos pagar esses direitos quando cumprirmos a LRF, que no momento está estourada em 9% em Mato Grosso, pois o percentual atualmente é de 58%, quando o limite imposto é de 49%. Para tanto, teremos pautas de trabalho e reuniões conjuntas para a construção das melhores soluções para o Estado", afirma o Palácio Paiaguás.O governo apontou ainda outros avanços, como investimentos de quase R$ 115 milhões na Educação, ainda este ano. Segundo estimativa do Governo, serão R$ 52 milhões para o pagamento de 1/3 de férias dos servidores contratados, que passará a ser garantido a partir deste ano; R$ 15,6 milhões para substituição de servidores efetivos que se afastarão para qualificação profissional; e mais R$ 11,9 milhões para substituição de servidores, que sairão de licença-prêmio ou se aposentarão. Neste mês de julho, serão chamados 681 profissionais para atuarem em várias escolas estaduais, sendo 221 professores, 300 apoios administrativos e 160 técnicos administrativos educacionais.