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Caso Selma e Galli não sejam candidatos; Nelson Barbudo é o nome do PSLem Cuiabá
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16/07/2019 - 19:30
NELSON BARBUDO E SELMA
RedaçãoO PSL aposta suas fichas que nas eleições para prefeito no ano que vem terá um trunfo para alavancar candidaturas a prefeito nas capitais e nas cidades-polos, a exemplo de Cuiabá, Rondonópolis, dentre outras, no caso específico de Mato Grosso, o próprío presidente Jair Bolsonaro como cabo eleitoral.Inclusive, o filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é defensor intransigente da tese que seu pai precisa usar a campanha de 2020 para um contato maior com a bases.Bolsonaro avalia que essa participação pode repetir a estratégia que elevou a bancada da sigla na Câmara de oito para 52 deputados em 2018.No entanto, observadores políticos mais isentos, acreditam que o fenômeno eleitoral, verdadeiro “tsunami” nas urnas do ano passado, só poderá se repetir caso a economia brasileira apresentar em 2020 resultados concretos em termos de geração de emprego e renda – “e, ´para isso, não vale apenas apostar nos eventuais efeitos da Reforma da Previdência, pois esta hoje pertence mais ao deputado Rodrigo Maia (Dem-RJ) e ao Congresso Nacional como um todo do que propriamente à gestão Bolsonaro e ao PSL”. A avaliação é do consultor Sidnei Pretto. De acordo com ele, que disse não acreditar nesse tipo de reação econômica no curto prazo, apenas na hipótese de as bases produtivas e o mercado reagirem, “daí, sim, o capitão Jair Bolsonaro será um ‘agente’ eleitoral forte e canalizador de votos do Oiapoque ao Chuí”.Embora, de acordo com Pretto, os pleitos municipais dificilmente repliquem os mesmos resultados verificados em uma eleição de caráter nacional, como a do ano passado, e considerada “atípica”.Segundo ele, nas atuais circunstâncias, com cortes drásticos nos investimentos na educação, penalizando o ensino superior tanto quanto a educação primária e infantil, a particpação do PSL e do presidente da República é “algo que pode ser um tiro pela culatra”, ou seja, ao invés de impulssionar candidaturas, prejudicá-las.CandidaturasEm Cuiabá, o PSL poderá contar com o nome da senadora Juíza Selma, se até lá ela reverter sua condenação no TRE local, que cassou o seu mandato. Além de Selma, outro bolsonarista que desponta como candidato é o ex-deputado federal Victório Galli, que não conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados, na eleição de 2018.Além de Selma e Galli, o PSL poderá contar, em última instância, com o nome do deputado federal Nelson Barbudo, o mais votado de todos os candidatos a federal na eleição passada.O inconveniente é o fato que o domicílio eleitoral de Barbudo é a pequena cidade de Alto Taquari, no extremo Sul. Mas, caso seja acionado como o “plano B” para a disputa à prefeitura de Cuiabá, nada impede que ele transfira seu domicílio para a Capital.Fora esse detalhe. Nelson Barbudo teve uma votação expressiva em Cuiabá, surpreendente até, para um candidato que até então era um “ilustre desconhecido” na cidade.Outro ponto que contaria a seu favor é que ele é visto nos círculos palacianos de Brasília como um “bolsonarista de raiz”, além de ser o mais alinhado com as doutrinas defendidas pelo “bolsonarismo”.RONDONÓPOLISJá em Rondonópolis, o PSL vai lancar o ex-senador e atual deputado federal José Medeiros como candidato a prefeito. Medeiros tem seu domicílio eleitoral naquela cidade e iniciou sua carreira política pelas mãos do ex-prefeito Percival Muniz, de cujo grupo ele hoje não faz parte. Também transita com desenvoltura no entorno bolsonarista.