Desvios recentes de verbas na saúde podem levar Emanuel Pinheiro a refluir da reeleição

Desvios recentes  de verbas na saúde podem levar Emanuel Pinheiro a refluir da reeleição Emanuel Pinheiro 2
Redação   A estratégia dos vereadores tucanos de tentar “segurar” o PSDB para uma composição com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), na hipótese deste sair candidato à reeleição, indicando o vice na chapa, além de estar “engessando” o crescimento do partido em Cuiabá, pode fracassar caso o atual chefe do Executivo cuiabano , mais adiante, se decida não disputar um segundo mandato.   A possibilidade de Pinheiro recuar de tentar a reeleição é um fato que não pode ser descartado na atual conjuntura, tendo em vista que, segundo comentários de bastidores, ele temeria ter sua reputação abalada por desdobramentos de ações que tramitam no Judiciário, envolvendo escândalo e desvios  de verbas na saúde patrocinados por um  seu ex-secretário, que já esteve preso em função do “rombo” e teria feito depoimentos comprometedores contra o prefeito.    Nesse aspecto, a preocupação de Emanuel procede, levando em conta que ele é o que se pode chamar de “gato escaldado” em matérias desse tipo de abalo moral em sua conduta política. Haja vista o epísódio do “dnheiro no paleto” que ficou nacionalmente conhecido por um vídeo veiculadio em horário nobre pela Rede Globo e no qual aparece o  então deputado estadual Emanuel Pinheiro e hoje prefeito, juntamente com outros parlamentares flagrados recebendo maços de dinheiro em um gabinete no Palácio Paiaguás   As imagens fortes chocaram a opinião pública e foram anexadas pelo ex-governador Silval Barbosa, em sua delação junto ao Ministério Público Federal, como a comprovação de que ele era obrigado a pagar uma quantia em dinhbeiro – o “mensalinho” – para ter sustentação parlamentar de um grupo de deputados e garantir a governabilidade.   Emanuel nega que estivesse recebendo propina e que foi ao local, no Palácio do Governo, para receber um pagamento que era de seu irmão e se referia a serviços prestados de pesquisas ao então governador Silval Barbosa.    A justificativa de Pinheiro até hoje não é bem aceita por muita gente e avalia-se que se a denúncia global tivesse vindo a público antes da eleição municipal, dificilmente Emanuel teria se elegido.   De qualquer maneira, o “dinheiro no paletó” trata-se de um “tumor” político não cicatrizado e que sempre pode voltar a furo, principalmente em períodos eleitorais.   Pensando bem, o prefeito tem lá suas razões para ficar hesitante quanto a ter um novo enfrentamento nas urnas...