Envolvendo “chifrada” de amante em poderoso da época, “Grampolândia Pantaneira” parece enredo de filme de categoria C
Envolvendo “chifrada” de amante em poderoso da época, “Grampolândia Pantaneira” parece enredo de filme de categoria C
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23/07/2019 - 07:18
RedaçãoCom enredo que mais parece aquelas películas de espionagem de categoria C, a “Grampolândia Pantaneira”, como ficou conhecido o esquema de escutas telefônicas clandestinas em Mato Grosso, iniciado na campanha eleitoral do ex-governador Pedro Taques (PSDB) e perdurado nos dois primeiros anos de governo do tucano, continua alimentando a pauta dos sites e outros meios de comunicação do Estado.O imbróglio tem de tudo e não se surpreendam se não virar filme! De falsas ameaças a mandatários a “chifrada” de amante em autoridade poderosa da época, passando por interceptações em ligações de adversários políticos do então candidato e depois governador Pedro Taques, o enredo da “gramponagem” contempla.Pelo menos isto é o se que vislumbra de relatório do Procurador-Geral de Justiça e chefe do Ministério Público de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira. Segundo ele, a ameaça de que duas mulheres estariam tramando um atentado contra o ex-governador Pedro Taques (PSDB), em 2015, é uma farsa e serviu de pretexto para, utilizando a modalidade “barriga de aluguel” (que consiste em incluir nomes de pessoas não investigadas em um procedimento de apuração policial), para fazer escutas ilegais.A trama sobre o falso atentado teria sido armada, de acordo com o procurador-geral, pelo advogado Paulo Taques, primo do ex-governador e, na época, chefe da Casa Civil.Paulo estaria sofrendo pressão de sua então amantte Tatiane Sangalli Padilha que, segundo denúncia do MPE, estava exigindo um cargo no Governo, além do pagamento da prestação de seu automóvel pelo ex-chefe da Casa Civil.Suspeitando também que estava sendo traído por Tatiane no relacionamento amoroso, para levantar provas, Paulo mandou “grampear” a mulher em busca de revelações sobre assuntos íntimos.Talvez, se não fosse por esse componente libidinoso de envolver caso de alcova , o episódio das interceptações ilegais, de tão batido pela mídia local nos últimos dois anos e meio, já teria perdido o interesse!