CPI para investigar promotores sobre supostos “grampos” ilegais é difícil, mas não impossível de ser aprovada na AL

  Redação   Conforme estava previsto, após ser convocado pela Assembleia Legislativa através de requerimento da deputada Janaina Riva, o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, compareceu nesta terça-feira  para explicar aos parlamentares quais as providências que o órgão tem adotado diante das denúncias que dois oficiais da PM e um cabo, réus no rumoroso processo denominado de “Grampolândia Pantaneira”, fizeram sobre suposto envolvimento de promotores do Ministério Público Estadual (MPE) em escutas clandestinas que tiveram como alvos políticos, jornalistas, profissionais liberais, autoridades do Judiciário e empresários, entre outras pessoas.   Quanto a possiblidade da AL abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar investigações sobre as acusações trazidas pelos policiais militares referentes à participação de membros do MPE nos Grampos”, o próprio Antônio Borges não questionou a iniciativa, no que demonstrou respeito à autonomia do Poder Legislativo para decidir sobre a realização, ou não, de CPIs.   No entanto, entre os deputados não há unanimidade sobre essa questão. Enquanto a deputada Janaina Riva – que foi uma das vítimas dos grampos, segundo disseram os PMs – avalia que teria hoje votos mais do que suficientes para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Já o deputado Eduardo Botelho, presidente da Mesa Diretora do Parlamento estadual, disse que a oitiva com o procurador-geral foi “esclarecedora e que, no momento, não existe número suficiente para instaurar a CPI.   “Agora, se vai ter CPI ou não, não posso responder. CPI é composta por oito assinaturas. Se tiver oito deputados assinando, ela é aberta. No momento, me parece que não tem. Mas não posso garantir nada, porque isso com o tempo pode mudar”, disse.