Mauro Mendes se mantém inflexível, mas admite “abonar” pontos cortados se professores encerrarem greve

Mauro Mendes se mantém inflexível, mas admite “abonar” pontos cortados se professores encerrarem greve greve
Redação   O governador Mauro Mendes se mantèm inflexível na postura de não ceder às pressões do movimento grevista dos professores, que cobram reposição salarial e nesta quarta-feira (7) completa 74 dias de paralisação. No entanto, Mendes diz que poderá voltar atrás na decisão de cortar pontos dos professores – o que implica em redução de salários dos educadores, caso esses cortes sejam mantidos -, desde que os profissionais da educação cessem a greve e retornem às salas de aula.Para não conceder o RGA (Reajuste Geral Anual), Mendes alega estar impedido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), medida que veta gestores de aumentarem despesas com salários acima de um determinado teto que, no caso de Mato Grosso, já estaria ultrapassado.Não respeitar essa determinação contigenciadora de gastos, segundo afirmam fontes do Palácio Paiaguás, é uma infração que, entre outras sanções pode até culminar com o afastamento do mandato do governador.Alegação com a qual não concordam sindicalistas do setor educacional. Segundo eles, no caso específico do RGA, a lei estadual que criou a reposição salarial permite o aumento que, assim, não estaria indexado às disposições limitadoras de gastos com pessoal impostas pela LRF.Acenando com iniciativas para colocar fim à greve, o governador Mauro Mendes (DEM) oficializou nesta terça-feira (6) uma nova proposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep). São as mesmas garantias apresentadas pelo chefe do Executivo durante reunião com deputados da base governista, na segunda-feira (5). Neste mesmo dia, os parlamentares tentaram mais uma vez intermediar o fim da greve.   O governo assegura que todo espaço fiscal abaixo de 49% da receita corrente líquida (RCL), a partir de 2020, será utilizado para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e dos aumentos remunetários, o que inclui o cumprimento da Lei 510/2013, que dobra o poder de compra e principal reivindicação da categoria. "75% do espaço aberto será para a RGA de todas as categorias do Poder Executivo e 25% para os aumentos remunerátorios já concedidos por lei", cita o documento endereçada ao presidente do Sintep, Valdeir Pereira. Sobre os pontos cortados, o governo se compromete a fazer o pagamento desde que os profissionais da educação retomem às atividades no máximo até dia 12 próximo. Neste caso, o pagamento será feito até dia 20 deste mês para as faltas dos meses de maio e junho e dia 10 de setembro para as faltas de julho e agosto.