Pedro Taques quebra “jejum midiático” e diz que deseja se ouvido sobre grampos telefônicos

Pedro Taques quebra “jejum midiático” e diz que deseja se ouvido sobre grampos telefônicos PEDRO TAQUES
REDAÇÃOO ex-governador Pedro Taques (PSDB), após fazer a defesa oral de suas contas e conseguIr aprovar o balanço mesmo com diversas restrições no Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta terça-feira (6), concedeu a sua primeira entrevista coletiva depois que deixou a chefia do Executivo. Até então, o político vinha permanecendo em silêncio, um jejum midiático a que se impôs, contrapondo com os tempos em que governou o Estado e quando pontificava, até de maneira excessiva, para os holofotes da mídia.Ao romper essa espécie de “quarentena” de aparições nos meios de comunicação social, Taques surpreendeu os repórteres com a declaração que está “louco para falar” nas investigações da "grampolândia pantaneira", em cujo processo ele vem sendo frequentemente citado como um dos principais mentores e ordenador das escutas.Embora tenha manifestado o desejo de ser ouvido, o ex-governador disse que ainda não foi convocado.Taques afirmou que já acionou todas as autoridades competentes para que seja ouvido.“Já peticionei em todos os locais para que eu possa prestar depoimento. Quando eu fui governador eu tinha e mantinha a liturgia do cargo, mas agora eu não sou mais governador. Tenho, assim como todo cidadão, direito de exercer a defesa, conforme determina a própria Constituição”, declarou.O esquema conhecido como grampolância pantaneira foi descoberto ainda em 2017. No decorrer do processo, o policial militar cabo Gerson Correa confessou seu envolvimento e acusou os primos Paulo e Pedro Taques de serem “os donos dos grampos”.Após a revelação, Pedro Taques, então governador, pediu para ser investigado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com a perda do cargo, o processo tramita na 7º Vara Criminal. Quanto ao seu primo, Paulo Taques, que exerceu a chefia da Casa Civil na gestão de Pedro Taques, já vinha sendo investigado e se tornou réu no fim do mês passado. Em julho, o cabo Gerson reafirmou suas acusações ao juízo da 11ª Vara Criminal e Justiça Militar. Os coronéis Evandro Lesco e Zaqueu Barbosa, que até então alegavam inocência, assumiram a culpa no esquema e confirmaram a versão de Gerson, de que o ex-governador e o ex-chefe da Casa Civil eram os mandantes das escutas.