CONTRAPONTO A BOLSONARO: "Não acho que a gente deva interferir na eleição de outro país", diz Maia sobre eleição na Argentina

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Arrumador de confusões na política externa brasileira, Jair Bolsonaro se intromete em assuntos internos de vizinhos e ataca candidato vitorioso nas eleições da Argentina   REDAÇÃONa noite da última segunda-feira (12), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu que a relação entre Brasil e Argentina deve ser independente dos governos de turno.Ele também  discordou da posição do governo do presidente Jair Bolsonaro sobre a derrota do presidente Mauricio Macri, seu aliado, nas primárias de domingo realizadas na Argentina.Maia saiu em defesa do Mercosul e defendeu cautela nas declarações do presidente brasileiro sobre o país vizinho. "A gente deveria primeiro aguardar o resultado do processo eleitoral para depois tomar qualquer tipo de atitude". Uma eventual mudança do governo argentino, segundo o presidente da Câmara não deve ser determinante para que o Brasil cogite romper o acordo com o Mercosul.   TROCO   Após ser duramente atacado por Jair Bolsonaro, candidato vitorioso nas primárias da Argentina chama presidente do Brasil de "misógino, racista e violento" O candidato da oposição à presidência da Argentina Alberto Fernández, que no domingo teve uma vitória esmagadora sobre o atual presidente Mauricio Macri nas eleições primárias do país, criticou na segunda-feira o presidente Jair Bolsonaro, quem classificou de "racista, misógino e violento"."Com o Brasil, teremos uma relação esplêndida. O Brasil será um conjunto na vida da Argentina", disse Fernández em uma entrevista ao programa "Coréia do Centro", da emissora Net TV."Agora, em termos políticos, eu não tenho nada com Bolsonaro. Comemoro enormemente que fale mal de mim. É um racista, um misógino, um violento ...Na entrevista, Fernández também criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que classificou como um bom líder para seu país, mas não para o mundo.A "Frente de Todos", de Fernández, que tem sido candidata a vice a ex-presidente Cristina Kirchner, conseguiu no domingo 47,66% dos votos contra 32,09% dos "Juntos pela Mudança", de Macri.Ainda há duas etapas para a eleição geral, uma vez que as primeiras são como uma verificação do que pode acontecer em outubro na Argentina, com uma mudança de duração na imagem do Macro no último ano e revitalizando o peronismo de oposição.