RedaçãoO prefeito Emanuel Pinheiro que vem alardeando que irá contar com o apoio do Dem em Cuiabá, cuja legenda estaria sinalizando apoiar a sua reeleição (no dizer do prefeito), pode  estar blefando.A dedução parte do princípio que, segundo as palavras do ex-senador Júlio Campos, uma das principais lideranças da sigla, a questão das eleições na Capital, no que se refere à participação do Dem, passa pelo crivo do governador Mauro Mendes, que já foi prefeito de Cuiabá e tem na cidade seu domicílio residencial e eleitoral. E, como se sabe, Mendes não anda nada satisfeito com Pinheiro que vem se aproveitando das medidas duras (e que, portanto, desagradam segmentos sociais corporativos) que o governador vem tomando para  tentar corrigir o déficit fiscal e equilibrar as finanças estaduais, para dar “estocadas” no chefe do Executivo mato-grossense. Para observadores políticos, as críticas de Emanuel ao governador, nas atuais circunstâncias de ajustes e contenção de gastos para colocar as despesas e receitas estaduais nos parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), cujo limites estão estourados em Mato Grosso, cheiram no mínimo oportunismo eleitoral do prefeito. A avaliação é de que Pinheiro tenta ganhar simpatia e apoio de setores da sociedade, não por seus próprios méritos políticos e administrativos, mas em cima das dificuldades enfrentadas por Mendes no sentido de buscar enquadrar o Estado na LRF – medida necessária para Mato Grosso conseguir renegociar dívidas e cobrar aportes financeiros da União.Em suas falas, sempre carregadas de ironias e insinuações contra o governador, Emanuel Pinheiro, segundo informa a Imprensa local, teria dito que Mauro está “entusiasmado com o modo como  ele (Pinheiro) administra a cidade”. Em resposta à provocação, o governador Mauro Mendes disse não saber “de onde o prefeito tirou isso”. “Se ele quer fazer as pazes comigo, ele tem que parar de mentir”, fulmina o governador.Diante desse desfecho, a conclusão é que Emanuel Pinheiro que tem um passivo político negativo desde o epísódio do “dinheiro no paletó” e, até antes disso, quando se aposentou pelo famigerado FAP aos 25 anos de idade, agora tenta livrar-se desses desgastes, que podem ser explorados na campanha eleitoral vindoura caso ele venha mesmo tentar a reeleição, escolhendo como “alvo” Mauro Mendes.No caso da “aposentadoria” precoce, e gorda, do prefeito, se antes não causou tanta indignação, hoje pode se tornar revoltante em função da Reforma da Previdência que corta direitos de milhões de pessoas que já recebem um provento miserável e que será mais reduzido.São os fatos!