Governo não tem caixa para pagar empréstimo efeito “bola de neve” que coloca MT numa baita “enrascada”
Governo não tem caixa para pagar empréstimo efeito “bola de neve” que coloca MT numa baita “enrascada”
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16/08/2019 - 04:16
ralo
RedaçãoA dívida dolarizada de Mato Grosso contraída junto ao Bank Of América ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa com o pagamento de parcelas pactuado pela cotação atualizada da moeda norte-americana frente ao real é o que pode ser definido como empréstimo “bola de neve”. Sempre crescente e com potencial de arrastar ladeira abaixo os esforços do atual governo para conter déficits, buscar o equilíbrio financeiro e coloicar suas contas em dia.Ou seja, o empréstimo é uma “obra” de engenharia financeira feita na contramão – uma aposta errada de que o dólar ficaria com o seu valor estabilizado na época e não subiria aos patamares que apresenta hoje, em torno de R$ 4.00 (à época do financiamento estava cotado abaixo de R$ 2.00).A negociação esdrúxula do débito foi para ser amortizado em duas parcelas semestrais até 2022, e a conta pode aumentar caso o dólar continue subindo. O que levaria as parcelas a superar os R$ 140 milhões atuaisResultado: o governador Mauro Mendes vem afirmando que o Estado não tem dinheiro em caixa para pagar a parcela de setembro. A parcela de R$ 140 milhões deverá ser quitada no dia 10 de setembro, e caso não faça o pagamento o Estado pode sofrer graves sanções e ser penalizado com a inclusão na dívida ativa da União. E para piorar a situação, o Governo do Estado, se tiver que fazer o desembolso, pode atrasar ainda mais sua folha salarial, comprometendo o pagamento do 13º salário. “Nós não temos o dinheiro para pagar a parcela do próximo mês. Não trabalhávamos com esse provisionamento. Se isso tiver que acontecer, irá causar um problema gigante nas contas públicas do Mato Grosso”, disse o governador na tarde desta quinta-feira (15). Para tentar sair da enrascada, o governador Mauro Mendes está empenhado em viabilizar um outro empréstimo com o Banco Mundial no valor de US$ 250 milhões, que será pago em parcelas mensais mais suaves (em torno de US$ 1,4 milhãio) e terá um perfil mais longo para ser quitado. Com esse novo aporte o Estado pretende também quitar a dívida com o Bank of America.
No entanto, para conseguir o financiamento, o governo estadual depende do aval da União, cuja tramitação não está sendo fácil em Brasília, onde a burocracia, assim como o efeito "bola de neve", só faz aumentar...