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Mauro Savi, que já foi considerado “dono” do Detran e mais dois comparsas são mantidos réus
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22/08/2019 - 16:43
savi
REDAÇÃOiAcusados de liderar uma quadrilha que saqueou os cofres do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em muitos miilhões de reais, foram mantidos réus no processo da Operação Bereré o ex-secretário de Casa Civil, Paulo Taques, o ex-deputado estadual Mauro Savi (DEM) e o empresário José Kobori.Savi é considerado o principal mentor do esquema. Em gestões passadas, ele era visto nos meios políticos como o “dono” do Detran. A autarquia era uma espécie de feudo do ex-parlamenbtar que era quem indicava dirigentes do órgão. Savi, Taques e Kobori teriam movimentando mais de R$ 30 milhões em propina.
A decisão que os manteve indiciados como réus é do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e foi prpoferida nesta quinta-feira (22). A corte rejeitou, por unanimidade de votos dos desembargadores, os embargos de declarações feitos pelo trio.O ddesembargador José Zuquim Nogueira, relator do caso, em seu despacho disse que os réus procuram rediscutir matérias já apreciadas no processo. O seu voto foi seguido pelos demais membros do TJMT Outro ladoJá a defesa de Paulo Taques questionou a denúncia do Ministério Público que, segundo ele, foi feita apenas com base nas declarações do delatores do caso. O ex-secretário ainda alega falta de provas e materialidade dos crimes que lhe foram imputados.A defesa de Mauro Savi, por sua vez, alegou a nulidade das provas e investigação constantes nos autosEnquanto Kobori pediu nulidade por falta de defesa prévia. Ele afirma que o pedido de dilação de prazo para apresentação de resposta à denúncia não foi aceito.Entenda o casoA 2ª fase da Operação Bereré, denominada de "Bônus", deflagrada em maio do ano passado, culminou com a prisão, à época, dos três réus.Os demais alvos da operação e hoje réus no mesmo processo são: os empresários Claudemir Pereira dos Santos e Roque Anildo Reinheimer, além do advogado Pedro Jorge Zamar Taques, que é irmão do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.O esquema investigado envolvia um contrato firmado entre o Estado e a empresa EIG Mercados ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa. A roubalheira, de acordo cm a denúncia, foi mantida por quase dois anos no decorrer do governo do tucano Pedro Taques.A partir do recebimento da denúncia, em agosto de 2018, foram revogadas pela Justiça as prisões de Savi, Paulo Taques, Pedro Jorge, Claudemir e Roque Anildo. Apenas José Kobori já estava em liberdade por ter conseguido habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).Mauro Savi é acusado de ter indicado o ex-presidente da autarquia, Teodoro Moreira Lopes, conhecido como Dóia, e de ter iniciado o esquema que consistia no pagamento de propina pela empresa EIG Mercados a diversas empresas de fachada ligadas a parlamentares.Claudemir Pereira e Roque Anildo, proprietários da Santos Treinamento (empresa de fachada), também teriam atuado a fim de garantir a continuidade do contrato, com o compromisso de "lavar o dinheiro" e repassá-lo às campanhas eleitorais do deputado Savi e do então governador Silval BarbosaJosé Kobori foi presidente da Eig Mercados e pesa contra ele a acusação de ter sido o responsável por acordar com Paulo Taques a continuidade do esquema no Detran na atual gestão do governo do Estado (a partir de janeiro de 2015). O pagamento da propina seria feito via escritório de advocacia que Paulo Taques tem em sociedade com seu irmão, Pedro Zamar.Todos negam participação no esquema e contestam as acusações contra eles formuladas pelo Ministério Público.No total, o MP denunciou 58 pessoas acusadas de participação no esquema de fraude, desvio e lavagem de dinheiro operado no Detran. Dentre elas estão 7 deputados estaduais e ainda o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado federal, Pedro Henry e o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes.
NúcleosA organização, conforme o MPE, era composta por três núcleos: Liderança (Mauro Savi, José Eduardo Botelho, Silval da Cunha Barbosa, Pedro Henry, Teodoro Moreira Lopes e Paulo Cesar Zamar Taques, cada um em épocas diferentes); e os de Operação e Subalterno.