Redação   Uma revelação bombástica, para dizer o mínimo,  é a que foi feita pelo deputado Wilson Santos (PSDB), durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incentivos Fiscais, nesta quinta-feira (29), ao afirmar que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) controlaria cinco postos de combustíveis em Mato Grosso. O deputado, no entanto, não informou as bandeiras (origem e marca do combustível) e a localização desses postos.Afirmação do parlamentar ocorreu durante oitiva na CPI do empresário Júnior Mendonça, delator na Operação Ararath.Mendonça revelou que tem 25 postos em Cuiabá e Várzea Grande. A quantidade de estabelecimentos equivale a 10% das revendas da Grande Cuiabá.O empresário declarou que nunca ouviu falar que facções são donas de postos, embora saiba que pelo menos 15 postos atuam na completa irregularidade na Grande Cuiabá.Referindo-se a revelação de Wilson Santos, Mendonça alegou que"não sei de onde ele trouxe essa informação. Eu numca a ouvi falar". Santos, por sua vez, disse que essa informação sobre a presença do PCC no segmento varejista de combustíveis partiu do empresário Aldo Locatelli e teria sido feita em audiência anterior da CPI.SPPor outro lado, independente de saber se a façcão está, ou não, presente no setor mato-grossense de combustíveis, a Redação do Página Única apurou, junto a fontes,  que existem fortes suspeitas que a organização criminosa já controlaria a revenda de gasolina, diesel e etanol em bairros periféricos da Capital paulistana. Essa rede, segundo se comenta, atuaria como “lavanderia” para o dinheiro das quadrilhas auferido com o narcotráfico e outras atividades ilícitas.