Operação da PF sobre propinas da JBS para governador do MS investiga alvos em MT e mais três Estados

Operação da PF sobre propinas da JBS para governador do MS investiga alvos em MT e mais três Estados azambuja
Redação    As investigações da Operação Vostok desencadeada na manhã desta terça-feira (3) no Mato Grosso do Sul, por uma força-tarefa liderada pela Polícia Federal, abrangem, além daquele Estado, São Paulo, Paraná,  Ceará e Mato Grosso.    A operação foi determinada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).   Centralizada em Campo Grande, capital do MS, um total de 110 pessoas, entre testemunhas e investigados estão sendo ouvidas nos  cinco Esados onde a Operação tem alvos para prestar esclarecimentos.     Muitas dessas pessoas estão sendo conduzidas coercitivamente pelos agentes para depor, mas também existem depoentes que se dirigiram às sedes da PF para serem ouvidos.    Uma equipe de delegados foi deslocada de Brasília para Campo Grande para fazer as oitivas.   A investigação teve origem no acordo de colaboração dos executivos da JBS, conglomerado com atuação no ramo de alimentos, e apura suposto esquema de corrupção na concessão de benefícios fiscais pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul através da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda).   Irmão do governador   Chegou  na tarde de hoje à sede da PF (Polícia Federal) de Campo Grande para depor na força-tarefa da Operação Vostok, Roberto de Oliveira Silva, conhecido como Beto Azambuja. Ele é irmão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e foi um dos vários intimados a prestar depoimento.   Ele, assim como os demais ouvidos, deve responder ao delegado responsável pelas oitivas perguntas sobre suposto esquema de corrupção em que foram realizados pagamentos de propinas a políticos e servidores públicos em troca de incentivos fiscais, conforme delação feita pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, da JBS.   Uma das linha de investigação da PF é que foram usadas notas frias de compra e venda de gado na tentativa de mascarar a procedência ilícita do dinheiro de propina.    Beto Azambuja é pecuarista e consta no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) como doador da campanha de Reinaldo, tendo repassado em 2014 a quantia de R$ 700 mil à campanha ao Governo do Estado do tucano.