Redação   O governador Mauro Mendes (Dem), nos últimos dias, praticamente não tem arredado os pés de Brasília. A preocupação do chefe dio Executivo em suas constantes idas à Capital federal se deve à pressa que o Estado tem para agilizar a tramitação de processo com vistas a garantir o empréstimo de U$ 250 milhões junto ao Banco Mundial.   Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (03) em Brasília, o presidente do Senado Federal Davi Alcolumbre (DEM-AP) garantiu ao governador Mauro Mendes (DEM), que o pedido para concretização da operação de crédito será aprovado pela Casa dentro de 48 horas. Também participaram da reunião o senador Jaime Campos (DEM) e o chefe do Escritório de Representação em Brasília, Carlos Fávaro. Na oportunidade, Alcolumbre destacou que a agilidade com que o Senado irá trabalhar é uma resposta ao esforço fiscal que o Governo de Mato Grosso fez para conquistar esse empréstimo. “Eu quero assegurar ao governador Mauro e aos senadores Jaime e Wellington Fagundes e a bancada de Mato Grosso, que o Senado Federal, como Casa da Federação, tem que proteger as unidades federadas do Brasil. Eu sei o trabalho que deu para o Estado construir esse financiamento. Teve que ajustar as contas, teve que fazer a modernização do Estado. Teve que cumprir várias regras. E só uma gestão eficiente e comprometida com a sociedade é que teria como fazer isso, e Mauro Mendes o fez”, afirmou o presidente. O senador ainda rasgou elogios ao chefe do Executivo Estadual e aos integrantes da bancada federal de Mato Grosso. “Vocês fizeram o dever de casa e a gente, nesse período curto de 48 horas, vai resolver o problema do empréstimo de Mato Grosso. Porque a gente está fazendo justiça, com a população de Mato Grosso, com a gestão do Mauro, que tem sido eficiente, e com a bancada, com Jaime Campos e o senador Wellington, que estão em Brasília ajudando o Brasil e Mato Grosso", disse. Segundo o presidente, até a noite desta quarta-feira (4), o empréstimo será aprovado para que Mato Grosso "dê mais um salto para o seu equilíbrio fiscal". O governador destacou a importância do trabalho dos parlamentares que contribuíram para que o processo entrasse no Senado. "[Davi Alcolumbre fez] uma verdadeira ginástica para permitir que nós tenhamos chances de aprovar nessa semana o empréstimo, para que nós consigamos terminar e ficar livre dessa parcela de setembro, que é tão importante para o equilíbrio das contas de Mato Grosso”, afirmou. De acordo com Jaime Campos, com a ação do presidente será possível “colocar em votação na quarta-feira o empréstimo e nós matamos de fato esse problema que é o pagamento do empréstimo. Aí o governador Mauro Mendes já vai assinar o contrato e dar um refresco para o Estado”. O pedido de empréstimo foi lido em plenário nesta terça-feira (03), e já encaminhado para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que indicará um relator para emissão de um parecer, o qual já deve ser apresentado e apreciado pela comissão nesta quarta-feira (04), em sessão extraordinária. Depois desse trâmite, o processo retorna ao plenário e será apreciado pelos senadores. Mendes está em Brasília para acompanhar de perto todos os tramites envolvendo a operação de crédito. Após garantir o aval do Congresso, o processo retorna para a Procuradoria da Fazenda. Somente depois o Estado poderá assinar o contrato de empréstimo, o que deve ocorrer apenas na próxima semana. A preocupação do governador em finalizar os trâmites e garantir a conclusão dessa operação de crédito se deve a proximidade da data de vencimento de mais uma parcela da dívida de Mato Grosso com o Bank Of America, de US$ 36,9 milhões que vence na próxima semana. Caso não consiga assinar o contrato com o Banco Mundial, o Estado terá que desembolsar no próximo dia 10, mais de R$ 140 milhões para quitar a parcela com a instituição financeira internacional. Com os US$ 250 milhões oriundos do novo empréstimo com o Banco Mundial, Mendes pretende quitar a dívida contraída no ano de 2012 com o Bank Of America, durante o governo Silval Barbosa. O objetivo é auxiliar no programa de reequilíbrio fiscal iniciado pelo democrata, tendo em vista que poderá gerar um incremento de seu fluxo de caixa na ordem de R$ 780 milhões em curto prazo. Com o empréstimo, o Estado passa a ter uma nova dívida, só que com melhores condições de pagamento, tendo em vista que o prazo será alongado de quatro para 20 anos e com juros anuais passando dos atuais 5% para 3,5%.