Vaga ao Senado em provável eleição suplementar pode reviver “polarização” entre Júlio e Bezerra, isto é, se Barbudo não "atrapalhar"

Vaga ao Senado em provável eleição suplementar pode reviver “polarização” entre Júlio e Bezerra, isto é, se Barbudo não bezzeraejulio
Por Mário Marques de Almeida A política é, realmente, uma atividade alimentada pelo dinamismo: nem bem terminou uma eleição, em 2018, e partidos e grupos já se movimentam no Estado motivados pela possibilidade da senadora Selma Rosane de Arruda, que está de saída do PSL e deve se filiar ainda esta semana no Podemos, ter a cassação do seu mandato confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que, segundo várias fontes, deverá ocorrer até o final deste ano.A expectativa de que a ex-juíza e (ainda) senadora venha ter a cassação referendada pelo TSE é factível e concreta – não se tratando, portanto, de meras conjecturas e especulações. Os famosos "balões de ensaio".Haja vista que, na última semana, a procuradora-geral da República Raquel Dodge se posicionou favoravelmente à cassação do mandato da senadora  e pediu a realização de novas eleições para o cargo em Mato Grosso. Diante desse cenário real de Selma ter a cassação consumada, abriu-se a “temporada” de candidaturas à vaga em eleição extemporânea e suplementar com vistas a completar o cobiçado mandato da ex-juíza, que ainda tem 7 anos para ser cumprido.Entre os nomes que já despontam para concorrer, dois deles são veteranos e ambos ex-senadores e ex-governadores: Júlio Campos (Dem) e Carlos Bezerra (MDB).   “Caciques” políticos e amigos, que já se defrontaram nas urnas no passado e também foram aliados em disputas anteriores e recente, a exemplo da última eleição quando estiveram no mesmo palanque que elegeu Mauro Mendes governador, os dois líderes podem ser levados, por seus partidos, a irem para o enfrentamento. Se isso vier ocorrer,  será um páreo “histórico” em Mato Grosso. Fato, aliás, no entender de observadores políticos, de ser capaz de dar a esse pleito eleitoral um “gosto” de rinha política e polarização, que há tempos não se vê em Mato Grosso. Nesse contexto que se desenha, surge também Carlos Fávaro (PSD) que disputou o Senado na eleição passada, ficando em terceiro lugar – atrás de Selma Rosane, primeira colocada na disputa, e de Jayme Campos (Dem), atual ocupante de uma das duas vagas que se abriram para Mato Grosso no Senado. Fávaro, por sinal, já se antecipou que será candidato, caso Selma perca o mnadato definitivamente.   Além de Fávaro, existe ainda a possibilidade que o PSL – que já ficará desfalcado do nome de Selma, independente dela ser cassada, ou não, tendo em vista que a senadora já anunciou sua desfiliação da legenda bol – lance à disputa senatorial o deputado federal Nelson Barbudo.Afinal, ele é visto, pelo menos por estas bandas, como um fiel escudeiro da “tropa de choque” do capitão Jair Bolsonaro.Barbudo, até então um "ilustre desconhecido" da política estadual, cuja passagem mais “notória” na área foi ocupar o cargo de vereador na pequena cidade mato-grossense de Alto Taquari, foi eleito o deputado federal mais votado do Estado. Emergiu das urnas carregado pelo “tsunami” eleitoral bolsonarista que varreu o país de ponta a ponta e chegou com força por aqui. Se a onda repetir, ele é um nome que não pode ser descartado. Pode ir com chapelão e tudo para o Senado.Correndo por fora Nessa equação pela disputa da vaga de Selma Arruda, ainda surgem os nomes de dois tucanos: o ex-governador Pedro Taques, que também já foi senador, e do ex-deputado federal Nilson Leitão, que saiu candidato ao Senado em 2018 e foi o quarto colocado na disputa.Na projeção, em se tratando que a política, com mais frequência do que se imagina, costuma ser uma “caixinha de surpresas”, não se pode deixar de levar em conta que um nome “novo”, ainda não mencionado, possa aflorar na raia.Nessa seara, “se ate boi voa”, conforme diz a paródia, todas as hipóteses são válidas!   Fator Maggi   Além desses fatores, há que se considerar o ex-ministro da Agricultura, ex-governador e ex-senador Blairo Maggi. Não faltam vozes próximas a ele assegurando que o mesmo poderá  também se interessar pela candidatura. Muito embora o próprio, nas poucas vezes que falou sobre o assunto, tenha reiterado que o seu foco, daqui por diante, não será mais ser candidato a cargos eletivos. Será?   Fica a incógnita!