CPI pode ganhar novo rumo caso doleiro "abra o jogo" sobre propina em MT para conseguir isenção fiscal

CPI pode ganhar novo rumo caso doleiro ASSEMBLEIA
  Redação   Na hipótese do doleiro Lucio Funaro, previsto para ser ouvido amanhã em Cuiabá, resolva abrir mesmo a "caixa de ferramentas"e detalhe como funcionava os meandros do esquema de compra de isenções fiscais em Mato Grosso, a CPI instalada na Assembleia Legislativa para investigar o caso pode sofrer uma reviravolta. E essa Comissão, mediante as revelações que podem vir à tona, terá potencial, inclusive, de atrair os focos da mídia nacional. Colocando em evidência os parlamerntares que dela participam, além, obviamente, da Assembleia Legislativa.   Por enquanto, nos bastidores políticos, especula-se que Funaro, pelo seu suposto conhecimento sobre como ocorria a falcatrua com a concessão de incentivos fiscais, tem (ou não) informações novas para acrescentar aos autos. A dúvida é se ele teria interesse em trazer a público os fatos?   A dúvida é em função que o doleiro, no âmbito judicial e do processo ao qual responde, já fez a sua delação e fechou acordo. Razão por que se questiona se haveria, de sua parte, motivos para criar mais "turbulência" em cima dessa questão.   De qualquer modo, a resposta vai depender do teor do seu depoimenro à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a suspeita de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas em Mato Grosso. A oitiva de Lúcio Bolonha Funaro  será nesta quinta-feira (19),  a partir das 14h, no auditório Milton Figueiredo.   Em depoimento no dia 28 de agosto à CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na Câmara dos Deputados, Funaro declarou que o empresário Joesley Batista, do grupo empresarial J&F, omitiu declarações em sua colaboração premiada firmada perante o Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas a fraude de pagamentos de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias em Serviços).   A fraude de ICMS em Mato Grosso estaria vinculada ao pagamento de propina a agentes políticos para favorecimento indevido e um empresário de Várzea Grande- o [possível] responsável pelas articulações que viriam a favorecer o grupo J&F.   De acordo com o presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB), o foco principal das investigações é desvendar a existência de fraudes que possam subsidiar os órgãos de investigação e, ao mesmo tempo, contribuir para uma legislação mais segura e eficiente que permita ao estado, futuramente, reprimir a sonegação de impostos para auferir uma significativa margem de arrecadação.   “O que interessa a Mato Grosso é que crimes fiscais sejam duramente combatidos para evitar essa discrepância de que o cidadão que ganha pouco muito contribui e aquele que muito ganha se utiliza de artimanhas para prejudicar o estado”, disse.   A CPI ainda é composta pelos deputados Carlos Avallone (PSDB), Max Russi (PSB), Janaina Riva (MDB) e Ondanir Bortolini (PSD)- Nininho.