AVISO AOS GOVERNANTES: “Agenda contra destruição do meio ambiente veio para ficar em Mato Grosso e no Brasil”, alerta consultor empresarial

AVISO AOS GOVERNANTES: “Agenda contra destruição do meio ambiente  veio para ficar em Mato Grosso e no Brasil”, alerta consultor empresarial fiscaluização
Redação   Eventos como o do manifesto de 230 grandes fundos mundiais de investimentos que movimentam R$ 65 trilhões, que assinaram documento cobrando mais responsabilidade das autoridades brasileiras na fiscalização aos desmatamentos e queimadas, além do fato da ONU vetar a fala de representante do governo brasileiro na abertura da cúpula do clima, nesta segunda-feira, em Nova Iorque, sob alegação de que o país não apresentou nenhum plano para ajudar a melhorar as condições ambientais do planeta, “são sintomáticos no sentido de apontar aos nossos governantes e líderes que essa agenda é séria, está consolidada e deverá, de agora em diante, ser tratada como um das principais prioridades nas metas de políticas públicas”, alerta o consultor Sidnei Pretto.   Ele falou com exclusividade para o site Página Única.   Segundo ele, nos últimos tempos, recrudesceu no Brasil um discurso fortemente antiambientalista que “vai na contramão do que ocorre em grande parte do mundo, além de contrariar o sentimento e a percepção da grande maioria da própria sociedade brasileira que também defende um meio ambiente sadio”.   De acordo com Pretto, não estar comprometido com a preservação ambiental é uma “atitude burra” e que, além de afetar a qualidade de vida das pessoas, “pode prejudicar as atividades econômicas”.   O consultor lembra que produtos brasileiros originários de atividades ligadas ao agronegócio pode sofrer boicotes de países importadores preocupados que esses alimentos tenham sido produzidos em áreas desmatadas ilegalmente.   "De repente, manter as árvores em pé, não derrubar as matas será um grande 'ativo" para Mato Grosso e o Brasil - um patrimônio incalculável a ser colocado na mesa de negociações com as nações ricas e desenvolvidas", analisa   “Esse risco de veto às comoditties brasileiras é real” e, no caso de Mato Grosso, Sidnei sugere que o governador Mauro Mendes crie, com urgência, um comitê, conjungando entes governamentais e o setor empresarial, para elaborar iniciativas que possibilitem mostrar aos importadores que o Estado adota uma política preservacionista consequente. E que acidentes como as das queimadas nas dimensões atuais não são normais e nem fazem parte da rotina mato-grossense, mas estão sendo fiscalizados com o rigor da lei.    “E aí – avisa – não basta apenas fazer discurso, mas mostrar aos compradores externos dados, números e ações que comprovem os esforços de Mato Grosso no combate aos crimes ambientais”.   Sidnei, que se encontra no Amazonas fazendo consultoria para um grupo varejista, diz estar acompanhando o trabalho do governo de Mato Grosso para debelar os incêndios.    “Entendo, pelas informações que recebo, que o governador Mauro Mendes deu respostas imediatas à crise ambiental, tanto que foi um dos primeiros chefes de Executivo regional a decretar ‘situação de emergência’, visando agilizar mais recursos para o enfrentamento do problema”.   “No entanto, Mato Grosso precisa mostrar isso lá fora...”, finaliza.