Quem é a fazendeira e política pantaneira que virou “esperança” do agronegócio de MT e do Brasil?

Quem é a fazendeira e política pantaneira que virou “esperança” do agronegócio de MT e do Brasil? tereza cristina
Redação   Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias ou simplesmente Tereza Cristina, aos 65 anos, natural de Campo Grande (MS) é membro de uma tradicional família de pecuaristas e políticos que pontificava na região desde os tempos do Mato Grosso uno, ou seja, antes da divisão que criou o hoje Mato Grosso do Sul. O seu avô, o médico Fernando Correia da Costa foi governador de Mato Grosso. Engenheira agrônoma, empresária, deputada federal filiada ao DEM, em cujo mandato se destacou nas pautas de defesa do agronegócio, fato que levou-a protagonizar na poderosa bancada da qual virou líder e que lhe deu projeção para chegar ao cargo de atual ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. Eleita pelo “esquerdista” Partido Socialista Brasileiro (PSB), nas eleições de 2014, por discordar da posição contrária que o partido passou a adotar frente ao Governo Temer, ela deixou a sigla. Foi acompanhada por outros membros do PSB que também apoiavam o governo de Michel Temer: os deputados Fabio Garcia (MT), Adilton Sachetti (MT) e Danilo Forte (CE), além do ministro Fernando Coelho Filho e do então prefeito de Cuiabá e atual governador Mauro Mendes. Em dezembro de 2017 ela ingressou no Democratas (DEM).Hoje exerce dotes de diplomata (talvez, um dom de família?) em sua busca constante de diálogo com os principais compradores externos do agronegócio brasileiro, com os quais, aliás, o presidente Jair Bolsonaro vem trombando em função de sua estranha visão geopolítica de dividir o mundo em “esquerda e direita”, quando as relações comerciais internacionais já superaram, desde os idos da década de 80, no século passado essa dicotomia bolsonarista -  considerada por muitos como ultrapassada. A separação de hemisférios entre “comunistas e capitalistas” decretada pelo capitão Bolsonaro está atrasada no tempo e no espaço, haja vista que a China é hoje a maior credora da dívida global dos Estados Unidos. Por essa característica de não radicalizar nas  tratativas e negociações, buscando sempre o que é melhor sob o ponto de vista dos interesses da agropecuária brasileira, Tereza Cristina acabou envolvida no epicentro de uma crise ambiental, na qual atua como “bombeira”. Enquanto no governo do qual faz parte não faltam incendiários com retórica antiambientalista desnecessária, além de agressiva.Nessa função de “debeladora de incêndios”, com habilidade e evitando confrontos desgastantes que só fazem acirrar as divergências, a ministra da Agricutura vem respondendo a questionamentos de grandes corporações internacionais com atuação em todo o planeta, que acessam o Ministério da Agricultura sobre a procedência da produção agropecuária do País. São indústrias de alimentos que atuam ao redor do globo e enviaram nas últimas semanas perguntas à pasta chefiada por Tereza Cristina sobre soja, óleos e carne processada. Nessa tarefa de dar respostas, Tereza Cristina tem visitado parceiros comerciais estratégicos, buscado novos mercados e tem ouvido, principalmente, de países asiáticos a necessidade de fomentar a sustentabilidade no agronegócio brasileiro. Não à toa que esse tem sido um dos motes de seus discursos. Na abertura da 9ª Reunião de Ministros da Agricultura do Brics - bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, no início desta semana, em Bonito (MS), a ministra disse que o agronegócio brasileiro trabalha incessantemente para promover iniciativas como a recuperação de pastagens degradadas, a ampliação das áreas de plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta, a adoção de técnicas de fixação biológica de nitrogênio e o uso de tecnologias de tratamento de resíduos animais. Ela viaja de 2 a 8 de outubro para Alemanha e Suíça. Em Colônia (Alemanha), participa da Anuga Food Fair 2019 e de reunião com a ministra federal da Alimentação e da Agricultura daquele país.