NA VEIA: Governador faz alusão ao “dinheiro no paletó” de Emanuel Pinheiro e diz que não vai apoiar “candidato mala sem alça e corrupto”
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01/10/2019 - 13:11
URNA
RedaçãoSe para bom entendedor um “pingo é letra”, o governador Mauro Mendes não precisaria ser mais explícito quanto a sua rejeição a um eventual apoio do Dem à reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).Setores dos Democratas, a exemplo do senador Jayme Campos e seu irmão, o ex-senador Júlio Campos, vêm sinalizando com a possibilidade do partido se coligar ao MDB e outras siglas em apoio à uma eventual disputa encabeçada pelo atual chefe do Executivo cuiabano. O próprio Emanuel que desde que tomou posse não perde chance para criticar o governador, vem alardeando que terá o apoio do Dem, caso se decida candidatar de novo a prefeito.As estocadas de Pinheiro, vistas no mínimo como estranhas para quem corteja o apoio do partido no qual está filiado o mandatário estadual, no entanto, costumam “render troco” por parte do governador que não aceita “apanhar calado”.Um exemplo: durante solenidade no Hospital Estadual Santa Casa, na tarde desta segunda-feira (30), Mendes, quando “pressionado” por jornalistas a falar sobre uma aliança do Democratas em apoio a Emanuel, afirmou (sem citar o nome do prefeito da Capital) que “Jayme Campos (DEM) tem toda razão quanto a não apoiar nenhum ‘mala sem alça’, mas no que depender de mim, também não vamos apoiar nem na capital, nem em Várzea Grande nem em qualquer outra prefeitura do Estado nenhum candidato envolvido em esquema de corrupção”.Mauro Mendes colocou na veia, ou seja, fez uma alusão ao episódio do “dinheiro no paletó”, ocorrido quando Emanuel era deputado estadual e foi flagrado recebendo maços de cédulas de reais em um gabinete no Palácio Paiaguás, à época em que o governador era Silval Barbosa.Referindo-se a uma cobrança de repasse de verba feita por Pinheiro que o Estado teria que fazer à prefeitura de Cuiabá, o governador disse que “essa disposição que está mostrando agora, deveria ter mostrado àquele que fez a dívida. É estranho ele cobrar de nós que estamos pagando literalmente em dia o município de Cuiabá. Não devemos um único mês sequer ao município de Cuiabá e ele nunca veio a público cobrar aqueles que ficaram devendo. Isso mostra no mínimo uma dissídia dele, uma irresponsabilidade, que ele deveria ter cobrado insistentemente daqueles que atrasaram ao município de Cuiabá. Inclusive uma parte dessa dívida é da minha época de prefeito”, informou.Alegando ter recebido Mato Grosso “com R$ 3,575 bilhões de restos a pagar”, Mendes informou que o repasse será feito “na medida do caixa e das prioridades do Estado de Mato Grosso, mas não temos nenhuma previsão ainda”.