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“CASCOU” FORA CEDO: Senadora Selma “puxou a fila” no PSL e agora até Bolsonaro pede a apoiador para “esquecer o partido”, mas ala reage contra presidente e lembra Queiroz
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08/10/2019 - 11:09
selmab
Redação
OBS.: Confira no final do texto, a reação de uma ala de membros do PSL, até recentemente bolsonaristas de "tchapa e cruz), que lançou manifesto de repúdio aos ataques de Jair Bolsonaro à legenda pela qual se elegeu presidente da República.
Fatos subsequentes à desfiliação da senadora Juiza Selma do PSL apontam a que ela agiu rapido ao” puxar a fila” de lideranças do partido de Jair Bolsonaro que estão descontentes com os rumos políticos do governo e da legenda e vêm sinalizando debandar do partido.
Selma deixou o PSL e se filiou ao Podemos e anunciou um “apoio crítico e independente” ao governo federal.
Na esteira da senadora mato-grossense, outro que pode debandar é o senador Major Olímpio (SP) entre muitos, e agora o próprio Jair Bolsonaro pede a seus “apoiadores que esqueçam o PSL”, o que pode ser visto como uma “dica” de que também pode se desligar da sigla.
A vida útil do PSL está se esgotando antes mesmo da legenda se firmar como principal base de sustentação política do seu principal líder, o presidente Jair Bolsonaro.
Bem antes de completar um ano de “lua de mel” com o poder, o PSl está se “esfarinhando” e, pelo andar da carruagem, deve sucumbir mais rápido que o PRN (lembram-se?) de Fernando Collor.
O presidente Jair Bolsonaro deu indícios claros nesta terça-feira (8) de que pode deixar o PSL. O partido tem enfrentado disputas internas e sua bancada na Câmara está rachada.
Bolsonaro pediu a um apoiador nesta manhã para que esquecesse o partido e afirmou que o presidente da sigla, o deputado Luciano Bivar (PE), "está queimado pra caramba" e vai "queimar o seu filme também".
Na saída do Palácio da Alvorada, onde apoiadores esperam para conversar e tirar fotos com o presidente, um homem se apresentou a Bolsonaro como pré-candidato no Recife pelo PSL. Bolsonaro, então, cochichou em seu ouvido: "Esquece o PSL".
Ainda assim, o rapaz gravou um vídeo junto ao presidente em que diz: "Eu, Bolsonaro e Bivar juntos por um novo Recife". Bolsonaro então pediu para que ele não divulgasse a gravação.
"Ó cara, não divulga isso, não. O cara Bivar está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido", recomendou.
A conversa foi gravada por um dos apoiadores e publicada no canal do Youtube "Cafezinho com pimenta".
A imprensa é proibida de ficar no mesmo local onde esses apoiadores gravam esses diálogos com o presidente. Assim que o presidente repreendeu o rapaz, ele respondeu que iria esquecer o PSL e gravou um novo vídeo suprimindo o nome do partido e do dirigente.
"Viva o Recife, eu e Bolsonaro". Na segunda-feira, 7, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou que não havia da parte do presidente nenhuma "formulação com relação a uma suposta transição de partido".
Ala reage
Uma ala do PSL, ate recentemente bolsonarista de "tchapa e cruz", reagiu às críticas do capitão Jair Bolsonaro a Bivar e ao próprio partido, e lançpu uma nota de protesto.
Um dos defensores do texto é o deputado Júnior Bozella (PSL-SP). Ele lembra que Bivar atendeu a todos os pedidos de Bolsonaro e chegou a deixar o comando da legenda durante as eleições de 2018. “Combinado não sai caro. O acertado era que, depois, ele naturalmente retomaria as funções do partido que fundou”, diz.
Bozella afirma que o PSL não pode se tornar um “PT da direita”, acobertando casos que criam desgastes à sigla. Os dois mais ruidosos, lembra, foram poupados de críticas pelo presidente: o que envolve Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, e o caso do laranjal do PSL de Minas, que implica o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo).
“Temos o caso do Queiroz e o do ministro do Turismo, e o presidente tenta encobrir esses dois assuntos ao mesmo tempo em que desfere ataques indevidos ao PSL”, diz Bozella.
“O partido é um partido de bem, conduzido por pessoas de bem. Se Bivar não tivesse aberto as portas, o presidente fatalmente não teria tido legenda para concorrer em 2018. Se hoje ele é o que é, deve isso ao deputado Bivar e ao PSL”, acrescenta o deputado.