ROTA DA PROPINA: Riva coloca em “polvorosa” classe política, vira “homem-bomba” e delata desde desembargador a deputados

  ROTA DA PROPINA: Riva coloca em “polvorosa” classe política, vira “homem-bomba” e delata desde desembargador a deputados Riva - depoimento
 Redação Em sua proposta de colaboração premiada ao Ministério Público Estadual (MPE), o ex-deputado estadual José Riva, que comandou a Assembleia Legislativa por quase três décadas, alternando na Mesa Diretora os cargos de presidente e primiiro secretário (os dois postos mais importantes), vem coiocando em polvorosa setores da classe política e de instituições que, eventualmente, mantiveram relações ou participaram de conluio com ele.Com as revelações que vem fazendo e estão vindo à tona através de vazamentos, Riva já está sendo chamado de “homem-bomba” de Mato Grosso, além de pontificar nas capas de sites e outros meios noticiosos.Numa dessas revelações, encaminhads a procuradora Ana Cristina Barlusco, o ex-deputado apontou supostos esquemas de corrupção envolvendo o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Evandro Stábile. A denúncia é do dia 27 de março de 2019 na qual Riva diz que o magistrado aposentado teria recebido R$ 1,1 milhão para que o mandato do então parlamentar não fosse cassado pela Justiça Eleitoral. Dando o que falarO acordo de colaboração premiada de José Riva que está dando o que falar e vem pautando as páginas, foi feito ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). No documento, ele revela uma série de fraudes das quais teve participação ou conhecimento ao logo dos  anos em que esteve a frente do Poder Legislativo.   “Podres”O ex-deputado estadual citou pagamento de propinas a 38 deputados e ou ex-deputados, bem como eram feita as negociações da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.   Em outro relato, José Riva afirma que o então deputado Sérgio Ricardo, quando ocupava a primeira secretaria da Casa, mancomunado com um ex-funcionário da AL (já falecido) se apropiou de dinheiro repassado pelo Poder Executivo da  épóca e que seria destinado ao pagamento de propinas a um grupo numeroso de parlamentares. O caso não deixa de ser hilário por apontar "corrupção em dose dupla".   TrajetóriaQuanto a Stábille, o ex-desembargador presidiu o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), entre 2009 e 2010, quando foi afastado em decorrência da Operação Asafe, que apura um esquema de venda de sentenças em Mato Grosso. Evandro Stábille foi afastado do cargo de desembargador. Ele foi condenado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e preso duas vezes, entre 2016 e 2018. Stábille obteve a progressão de regime em fevereiro deste ano. Além da condenação criminal, o magistrado foi aposentado compulsoriamente pelo pleno do Tribunal de Justiça.