MAIS LAMA: Riva diz que dois ex-deputados e hoje conselheiros do TCE pegaram propina “gorda”

MAIS LAMA: Riva diz que dois ex-deputados e hoje conselheiros do TCE pegaram propina “gorda” conselheiros
Redação   Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Gulherme Maluf e Domingos Campos Neto, este atual presidente da Corte de Contas, estão na “rota da propina” traçada pelo  ex-deputado José Riva, em sua polèmica proposta de colaboração premiaada feita ao Ministério Público  Estadual (MPE).Assim como Riva, os dois conselheiros também foram deputados estaduais e, coincidentemente,  ocuparam mandatos à época em que o agora delator comandava a Assembleia Legislativa. Maluf e Campos Neto são acusados por ele de terem recebido proppinas. José Riva “detona” ainda, em sua delação, pelo menos mais quatro ex-conselheiros. Os fatos escabrosos narrados por ele são alvos de investigações do MPE e da Justiça FederalConfira mais detalhes sobre esse que pode ser comparado a um “mar de lama” que  jorra sobre setores importantes da classe política mato-grossense, atingindo ainda figuras proeminentes de outras instituições.Leia abaixo matéria do jornalista Pablo Roidrigo, do jornal e site A Gazeta, cuja transcrição segue na íntegra:Os dois únicos conselheiros titulares do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Mato Grosso, Domingos Campos Neto e Guilherme Maluf, foram atingidos pela proposta de delação do ex-deputado José Riva junto ao Ministério Público Estadual (MPE). Os fatos narrados por Riva remetem ao tempo em que ambos eram parlamentares. De acordo com o ex-parlamentar, o atual presidente do TCE, Campos Neto, chegou a receber cerca de R$ 1,250 milhão para votar na chapa da Mesa Diretora entre 2001 a 2009, para garantir a permanência de Riva dentro da gestão do Legislativo. Os recursos para a compra de votos eram de factorings ligadas ao ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, Valdir e Valcir Piran, além de desvios do próprio Legislativo. Riva também já havia incluído Campos Neto na lista dos parlamentares que recebiam mensalinho para facilitar as votações do Executivo na Assembleia.  Guilherme Maluf também é citado como um dos beneficiários da compra de votos para a eleição da Mesa Diretora. Maluf teria recebido cerca de R$ 1,8 milhão para votar nas chapas indicadas por Riva. Sendo que na última gestão de Riva, entre 2013 e 2015, cada voto custou R$ 800 mil. Maluf teria recebido para votar, entre 2007 e 2015. Já na disputa da Mesa Diretora de 2015, Riva afirma que ouviu de parlamentares que Maluf teria usado os mesmos modus operandi para se eleger presidente, buscando recursos com os seus parentes Mikael e Zezo Maluf. Maluf também aparece na planilha do pagamento de mensalinho revelados por Riva. Entre 2007 e 2015, o ex-parlamentar teria se beneficiado em R$ 5,120 milhões. Os valores seriam depositados ou entregue em mãos, ficavam entre R$ 30 mil e R$ 50 mil por mês.  Como provas Riva diz que o ex-parlamentar atestou falsamente o "recebimento de materiais e serviços não entregues/prestados à ALMT pelas empresas alhures citadas como forma de conferir suporte ao pagamento de propina", diz trecho do documento.    Riva também cita dois conselheiros afastados, Sérgio Ricardo e Valdir Teis. Sérgio Ricardo também teria recebido mensalinho, comprado e vendido votos para a Mesa Diretora, além de participação nos esquemas de desvios da AL através de fraudes em licitações.   Riva também confirma a suposta compra de vaga no TCE, que resultou na indicação de Ricardo ao cargo em 2012.  Já Valdir Teis, Riva alega que o mesmo enquanto secretário de Estado, teria se beneficiado do esquema de cartas de crédito, descobertos pela operação Cartas Marcadas da Defaz.   Riva também aponta mais dois ex-conselheiros do TCE em esquemas ligados à Assembleia. Humberto Bosaipo e Alencar Soares. Ambos teriam se beneficiado dos esquemas mensalinho e compra e venda de votos para a Mesa Diretora.  Bosaipo também integraria o núcleo de esquemas feitos na AL, segundo Riva. Já Alencar Soares teria vendido a sua vaga para Sérgio Ricardo.   Tais assuntos já estão sob investigação do MPE e da Justiça Federal.   Outro lado        Procurado pelo a assessoria do TCE informou que os conselheiros Guilherme Maluf e Campos Neto não irão se manifestar sobre o assunto. Humberto Bosaipo, Sérgio Ricardo alegam que Riva mente para tentar conseguir benefícios da delação e nega qualquer irregularidade no tempo em que eram deputados.   Já Valdir Teis e Alencar Soares não foram localizados para comentar. O espaço continua aberto