Preso nesta quarta-feira pela PJC, advogado “pilotava” três empresas fantasmas que desviaram R$ 337 milhões em impostos de MT

Preso nesta quarta-feira pela PJC, advogado “pilotava” três empresas fantasmas que desviaram R$ 337 milhões em impostos de MT defaz1000
RedaçãoPreso na manhã desta quarta-feira (9) pela Operação “ Fake Paper”, desencadeada pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, o advogado Anilton Gomes Rodrigues é acusado de pilotar três empresas fantasmas que desviaram cerca de 337 milhões de impostos dos cofres estaduais.O advogado é apontado como um dos principais integrantes de um esquema responsável por sonegar impostos através de emissão de notas frias em Mato Grosso.Anildo era sócio e contador das empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio, Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. Da S. Guimarães Eireli, que juntas emitiram R$ 337.337.930,11 em notas frias, gerando um prejuízo grande aos cofres do Estado.A Operação Fake Paper visa o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão por crimes contra a administração pública.A ação policial apura uma organização criminosa que através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal. Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo 'esquentar' mercadorias furtadas ou roubadas.O delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, que preside as investigações, ressalta que a emissão de notas fiscais frias interfere negativamente na base de dados da Sefaz-MT. “Distorcendo as informações sobre produção econômica do estado e, consequentemente, na composição de índices do Fundo de Participação dos Municípios, e no cálculo do Fundo de Participação dos Estados, causando efeitos devastadores ao estado”.A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso constatou que, juntas, as empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio Ltda. e Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. da S.. Guimarães Eireli emitiram R$ 337.337.930,11 milhões em notas frias, gerando um prejuízo alarmante ao Estado.O delegado titular da Defaz, Anderson da Cruz e Veiga, ressalta que “a operação busca apreender documentos, dispositivos móveis e computadores que possam robustecer ainda mais a investigação e integra mais uma ação da Defaz em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda, no combate aos crimes contra a ordem tributária”.Os mandados estão sendo cumpridos em sete cidades de Mato Grosso: Cuiabá, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis, Barra do Bugres, Canarana, Sorriso e Juína